VCI no Porto deve ser analisada "olhando para transportes como um todo"
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, defendeu hoje que os problemas de trânsito na Via de Cintura Interna (VCI), no Porto, devem ser analisados "olhando para o sistema de transportes como um todo".
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"Aí não são questões de reposição de justiça territorial, são considerações de outra natureza, igualmente importantes, que devem ser analisadas olhando para o sistema de transportes como um todo", disse hoje João Galamba aos jornalistas, num 'briefing' do Conselho de Ministros, após ser questionado acerca dos problemas de trânsito na VCI.
Hoje, o Governo anunciou que vai baixar em 30% as portagens em várias ex-SCUT (Autoestradas Sem Custos para o Utilizador) do interior e Algarve, anunciou a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, estando em causa a A22, a A23, a A24, a A25, a A4, a A13 e a A13-1.
Na quarta-feira, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse ao Jornal de Notícias exigir "medidas urgentes" para aliviar o trânsito na via circular interna da cidade, como a alteração das portagens nas vias alternativas e que lhe dão acesso, como a Circular Regional Externa do Porto (CREP, A41), A43 ou A4, de forma a reduzir o tráfego na VCI.
Como essas autoestradas são portajadas e a VCI não, tanto pesados como ligeiros acabam por utilizar a circular interna do Porto para tráfego de atravessamento, que não se destina à cidade.
Ao Porto Canal, o autarca classificou a VCI como "o grande problema do Porto", sugerindo que o tráfego de atravessamento "ou fosse penalizado através de portagem, ou fosse induzido a utilizar as outras alternativas, através da abolição das portagens".
O ministro João Galamba disse que questões como a da VCI "não devem ser confundidas" com a questão da redução das portagens no interior do país, mas "obviamente que o Governo olha para a necessidade de otimizar a utilização de autoestradas e de, na medida do possível, sempre que haja alternativas, do desvio de transportes pesados".
"O objetivo é sempre otimizar os investimentos que foram feitos nas autoestradas, encaminhar, quando é possível, o transporte pesado e, se necessário, até vedar a utilização ao transporte pesado de certas vias", admitiu o ministro.
Ao Jornal de Notícias, Rui Moreira recordou que a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) chegou a aceitar uma isenção de portagens na CREP para pesados, mas a medida nunca se efetivou.
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