Há já "várias denúncias". Esteja atento aos "financiamentos manobrados"
DECO recebeu "várias denúncias de consumidores que se viram confrontados com contratos de cartões de crédito que, na realidade, pensavam tratar-se de um crédito ao consumo".
© Shuttertock
Economia DECO
A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) alertou, esta segunda-feira, para os "financiamentos manobrados", no seguimento de várias denúncias de consumidores que se viram confrontados com contratos de cartões de crédito que, na realidade, pensavam tratar-se de um crédito ao consumo.
"Face à situação atual de crise, muitos consumidores são obrigados a recorrer ao financiamento para comprar artigos de valor avultado ou para ter acesso a determinada prestação de serviço. A maioria desses consumidores julgam estar a subscrever um comum crédito ao consumo, mas, na verdade, estão a celebrar um contrato de cartão de crédito", explica a DECO.
Segundo os relatos, "não é explicado o tipo de crédito que se está a contratar, sendo que o colaborador da empresa em questão nada esclarece e o valor desse crédito corresponde ao exato montante da compra".
"Os problemas dos consumidores surgem quando se deparam com a dificuldade em terminar esse contrato de crédito na sequência do cancelamento do contrato principal, o de compra e venda ou de prestação de um serviço. Ora, essa situação prejudica os interesses e direitos dos consumidores, uma vez que deixam de beneficiar do regime jurídico dos contratos de crédito ao consumo", explica a DECO.
A DECO adianta que "já denunciou esta situação ao Banco de Portugal e continua a acompanhar o assunto, tendo em vista a salvaguarda dos interesses dos consumidores".
Além disso, deixa quatro conselhos:
- Na hora de contratar, leia com atenção o contrato e coloque todas as dúvidas antes de assinar;
- Caso haja um financiamento saiba que tem direito à ficha de informação normalizada (FIN), que descreve de forma simples as principais características do financiamento;
- Avalie o impacto da prestação mensal do crédito no orçamento familiar;
- Não assine por impulso ou sob pressão.
Leia Também: Lucros dos cinco maiores bancos portugueses dispararam. Qual liderou?
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com