Greve de eletricistas que trabalham na Câmara de Lisboa com adesão de 98%
A adesão à greve de hoje dos eletricistas que trabalham na Câmara de Lisboa é de 98% em relação ao turno que teve início às 07h00, segundo fonte do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML).
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"Os eletricistas trabalham por turnos. No turno que se iniciou às 07h00 temos até agora [10h00] uma adesão de 98%. Estamos a falar de cerca de 100 trabalhadores", disse à Lusa Nuno Almeida, acrescentando que estão a ser afetados os serviços de manutenção dos edifícios e da iluminação pública na cidade, que não está a ser feita.
De acordo com o dirigente sindical, os trabalhadores estão hoje a cumprir uma greve de 24 horas para exigir receber o suplemento de insalubridade e penosidade.
"Os trabalhadores estão desde as 10h00 concentrados junto à Câmara Municipal de Lisboa e contavam intervir na reunião de câmara prevista para hoje à tarde para exigir ao executivo municipal uma resposta à justa reivindicação dos trabalhadores, mas esta foi adiada para 08 de maio", disse.
A Lusa questionou a autarquia sobre a adesão à paralisação, aguardando ainda uma resposta.
"Há muitos anos que os trabalhadores têm vindo a lutar pela justa e pertinente atribuição do suplemento de insalubridade e penosidade, sustentando a sua reivindicação no facto de realizarem demasiadas vezes trabalhos em contextos de insalubridade, penosidade ou risco, que afetam potencialmente a sua saúde e integridade física", disse o representante.
De acordo com o sindicato, os cerca de 100 trabalhadores têm reivindicado junto da autarquia o direito a receberem o subsídio.
O STML, acrescentou Nuno Almeida, já fez várias propostas ao executivo de Carlos Moedas (PSD), mas o processo negocial está suspenso desde janeiro.
Questionada pela Lusa na segunda-feira, a Câmara Municipal de Lisboa respondeu apenas que mantém "aberto o diálogo com o STML".
Em novembro do ano passado, os eletricistas concentraram-se na Praça do Município para entregar ao presidente do executivo um abaixo-assinado no qual exigiam a atribuição do suplemento.
Nessa altura, segundo o sindicato, Carlos Moedas assumiu a vontade de resolver o assunto.
Na mais recente reunião com o executivo camarário, em 30 de janeiro, o vice-presidente da autarquia, Filipe Anacoreta Correia, pediu ao STML que fundamentasse juridicamente o pedido, o que o sindicato fez.
"Entretanto, não obtivemos, nós e os trabalhadores, qualquer resposta", indicou Nuno Almeida, explicando que isso levou à decisão de "avançar para a greve".
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