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Greve de eletricistas que trabalham na Câmara de Lisboa com adesão de 98%

A adesão à greve de hoje dos eletricistas que trabalham na Câmara de Lisboa é de 98% em relação ao turno que teve início às 07h00, segundo fonte do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML).

Greve de eletricistas que trabalham na Câmara de Lisboa com adesão de 98%
Notícias ao Minuto

10:57 - 24/04/24 por Lusa

Economia Sindicatos

"Os eletricistas trabalham por turnos. No turno que se iniciou às 07h00 temos até agora [10h00] uma adesão de 98%. Estamos a falar de cerca de 100 trabalhadores", disse à Lusa Nuno Almeida, acrescentando que estão a ser afetados os serviços de manutenção dos edifícios e da iluminação pública na cidade, que não está a ser feita.

De acordo com o dirigente sindical, os trabalhadores estão hoje a cumprir uma greve de 24 horas para exigir receber o suplemento de insalubridade e penosidade.

"Os trabalhadores estão desde as 10h00 concentrados junto à Câmara Municipal de Lisboa e contavam intervir na reunião de câmara prevista para hoje à tarde para exigir ao executivo municipal uma resposta à justa reivindicação dos trabalhadores, mas esta foi adiada para 08 de maio", disse.

A Lusa questionou a autarquia sobre a adesão à paralisação, aguardando ainda uma resposta.

"Há muitos anos que os trabalhadores têm vindo a lutar pela justa e pertinente atribuição do suplemento de insalubridade e penosidade, sustentando a sua reivindicação no facto de realizarem demasiadas vezes trabalhos em contextos de insalubridade, penosidade ou risco, que afetam potencialmente a sua saúde e integridade física", disse o representante.

De acordo com o sindicato, os cerca de 100 trabalhadores têm reivindicado junto da autarquia o direito a receberem o subsídio.

O STML, acrescentou Nuno Almeida, já fez várias propostas ao executivo de Carlos Moedas (PSD), mas o processo negocial está suspenso desde janeiro.

Questionada pela Lusa na segunda-feira, a Câmara Municipal de Lisboa respondeu apenas que mantém "aberto o diálogo com o STML".

Em novembro do ano passado, os eletricistas concentraram-se na Praça do Município para entregar ao presidente do executivo um abaixo-assinado no qual exigiam a atribuição do suplemento.

Nessa altura, segundo o sindicato, Carlos Moedas assumiu a vontade de resolver o assunto.

Na mais recente reunião com o executivo camarário, em 30 de janeiro, o vice-presidente da autarquia, Filipe Anacoreta Correia, pediu ao STML que fundamentasse juridicamente o pedido, o que o sindicato fez.

"Entretanto, não obtivemos, nós e os trabalhadores, qualquer resposta", indicou Nuno Almeida, explicando que isso levou à decisão de "avançar para a greve".

Leia Também: Salário mínimo, direito a férias e à greve são conquistas da revolução

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