Os cinco maiores bancos que operam em Portugal registaram lucros agregados de 2.619,4 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano - uma subida de 31,4% face ao mesmo período do ano passado -, qualquer coisa como 14 milhões de euros ao dia.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi o banco que apresentou lucros mais elevados, com 889,3 milhões de euros, numa subida de 46,3% em termos homólogos. A subida dos lucros do banco público ultrapassa a variação de 8,3% registada na sua margem financeira, que atingiu os 1.425,7 milhões de euros.
Já o Santander foi o que mais cresceu, com 64,2% de acréscimo, para um total de 547, milhões de euros.
Por sua vez, o Millennium BCP viu os seus lucros subirem 14,7%, para 485,3 milhões de euros, apesar de a sua margem financeira ter subido 1,7%, para 1.397,5 milhões de euros.
O Novo Banco foi o único a registar uma diminuição do seu resultado líquido, de 0,8% - para 370,3 milhões de euros.
Por fim, o BPI apresentou uma subida de 27,6% do seu resultado líquido, que cresceu para 256,2 milhões de euros até junho. No período em análise, e em termos homólogos, a margem financeira da instituição do grupo espanhol Caixabank cresceu 12,11%.
Os cinco maiores bancos que operam em Portugal registaram lucros agregados de 2.619,4 milhões de euros nos primeiros seis meses, uma subida de 31,4% face ao mesmo período do ano passado.
Lusa | 15:45 - 01/08/2024
Em resumo, os lucros da CGD, Santander, Millennium BCP, Novo Banco e BPI cresceram 625,2 milhões no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado.
Para estes resultados continuou a contribuir a valorização da margem financeira, que diz respeito à diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos, e que nos últimos seis meses totalizou 4.772 milhões de euros nestes cinco bancos. Em termos homólogos, isso representa uma subida de 532,3 milhões de euros, ou 12,6%.
Estes valores seguem-se aos lucros já históricos registados pela banca em 2023, devido às taxas de juro implementado pelo Banco Central Europeu (BCE).
Como recorda a Lusa, o BCE começou a subir as taxas de juro diretoras em meados de 2022, para combater a inflação, que isso tem tido impacto no aumento dos créditos dos clientes bancários indexados a taxa de juro variável (sobretudo Euribor).
Já este ano, em junho, o BCE desceu as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de 10 aumentos consecutivos. Na última reunião, em 18 de julho, o Banco Central Europeu manteve estas taxas, tendo a sua presidente, Christine Lagarde, afirmado que as futuras alterações estarão dependentes dos dados conhecidos.
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