Fundo Global de Pensões da Noruega obtém lucro de 125 mil milhões
O Fundo Global de Pensões do Estado da Noruega anunciou hoje que obteve um lucro líquido de 1,48 biliões de coroas (cerca de 125.000 milhões de euros) no primeiro semestre, impulsionado pelos investimentos em ações de empresas tecnológicas.
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Os investimentos do maior fundo soberano do mundo, que coloca em 'offshore' as receitas de petróleo e gás do país nórdico, tiveram um retorno médio de 8,6% no período, impulsionado pela componente de ações, embora o retorno total tenha sido 0,04% inferior ao índice de referência.
"A componente de ações teve um desempenho muito forte no primeiro semestre do ano. O resultado foi impulsionado principalmente pelas ações tecnológicas, devido ao aumento da procura de novas soluções no domínio da inteligência artificial", afirmou o Norges Bank Investment Management (NBIM), o banco público que gere o fundo, num comunicado.
A carteira de ações do fundo, que representa mais de dois terços dos investimentos totais, registou uma rendibilidade média de 12%, subindo para 27,9% no caso da tecnologia.
As ações de empresas financeiras tiveram uma rendibilidade média de 13,8% no primeiro semestre, ajudadas por lucros bancários mais elevados decorrentes do aumento do crédito ao consumo e de uma economia global robusta, mercados de ações mais fortes e crescimento do investimento.
O aumento da procura de serviços de saúde e de tratamentos inovadores, bem como os resultados positivos de vários ensaios clínicos, contribuíram para que as ações do setor da saúde apresentassem um ganho médio de 10,3%.
O pior desempenho foi o das ações das empresas de materiais de base, com um rendimento médio negativo de 0,3%, devido à fraqueza do mercado imobiliário chinês e da procura de materiais na Europa.
Os investimentos em rendimento fixo, que representam 26,1% da carteira do fundo, registaram uma rendibilidade negativa de 1%, uma vez que tanto a inflação como as taxas de juro foram superiores às previstas.
Igualmente negativos foram os rendimentos do setor imobiliário (1,7% do total) e das infraestruturas de energias renováveis (0,1%), que foram de -1% e -18%, respetivamente.
O fundo petrolífero valia 17,74 biliões de coroas norueguesas (1,50 biliões de euros) em 30 de junho.
"As flutuações cambiais contribuíram para um aumento do valor de 315.000 milhões de coroas norueguesas (26.685 milhões de euros). No primeiro semestre do ano, os rendimentos do fundo ascenderam a 192.000 milhões de coroas norueguesas (16.265 milhões de euros)", refere o balanço.
Coincidindo com a apresentação do balanço, o fundo publicou pela primeira vez a lista dos ativos, que passará a ser atualizada semestralmente.
Na rubrica "ações", que em 30 de junho era composta por 8.763 empresas, os ativos do fundo são listados pela primeira vez.
Na secção de ações, que, em 30 de junho, incluía 8.763 empresas de 66 países, as três principais empresas investidas, em termos de valor, são empresas tecnológicas americanas - Microsoft, Apple e NVIDIA - com um total de 1,2 biliões de coroas (quase 102.000 milhões de euros).
No que respeita ao rendimento fixo, os principais investimentos do fundo são em obrigações norte-americanas, japonesas e alemãs, por esta ordem.
O fundo de pensões do Estado é composto por dois fundos: um que investe diretamente as receitas do petróleo e do gás no estrangeiro e outro muito mais pequeno que financia a segurança social norueguesa.
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