Expetativas sobre inflação na zona euro mantêm-se nos 2,8% para 2025
As expectativas dos consumidores da zona euro face à taxa de inflação no próximo ano permanecem sem alteração (2,8%) e no nível mais baixo desde setembro de 2021, revela hoje um inquérito realizado pelo Banco Central Europeu (BCE).
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Economia BCE
O mais recente inquérito aos consumidores da zona euro elaborado pelo BCE, relativo a julho deste ano e hoje divulgado, permitiu saber que os cidadãos daquela região continuam a esperar que a inflação se situe em 2,8% daqui a um ano, valor que se mantém neste patamar desde o mês de maio.
Já as expectativas sobre a inflação para os próximos três anos aumentaram uma décima para 2,4%, face ao mês anterior.
Entretanto, a mediana da taxa de inflação percecionada nos doze meses anteriores diminuiu substancialmente em julho, caindo para 4,1%, face a 4,5% em junho, e muito longe dos 4,9% do inquérito realizado em maio.
Por outro lado, as expectativas dos consumidores quanto ao crescimento do rendimento nominal enfraqueceram para 1,1%, face a 1,4% em junho.
O BCE refere ainda que a queda das expectativas sobre os rendimentos foi generalizada em todos os grupos etários e de rendimentos, mas mais pronunciada entre os que têm rendimentos mais baixos.
As expectativas de crescimento das despesas nominais nos próximos 12 meses também diminuíram, passando de 3,3% em junho para 3,2% em julho.
Quanto às expectativas de despesa nominal estão agora no seu nível mais baixo desde fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia.
Ao nível da economia, as expectativas dos consumidores sobre o crescimento económico nos próximos 12 meses tornaram-se mais negativas (-1%), em comparação com -0,9% em junho e -0,8% em maio.
Entretanto, as expectativas para a taxa de desemprego a 12 meses mantiveram-se estáveis em 10,6%, o nível mais baixo desde o início da série histórica.
No entanto, os consumidores continuam a esperar que a taxa de desemprego futura se situe ligeiramente acima da taxa de desemprego atual (10,1%), o que implica um mercado de trabalho globalmente estável, conclui o BCE.
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