Do contador ao pedido de faturas: Eis como evitar burlas porta a porta
A DECO PROteste dá conta de que os consumidores não devem "ceder a pressões" perante uma abordagem pessoal.
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Economia Energia
Numa altura em que as burlas estão à distância de um e-mail e de um clique no link malicioso, estes estratagemas não deixam também de bater à porta.
A DECO PROteste deixou um alerta neste verão para os burlões que se deslocam até à casa das pessoas e usam a sua conta da eletricidade ou do gás para conseguirem informações que permitem desviar dinheiro da sua conta bancária.
"Os alertas são frequentes e, muitas vezes, partem das próprias empresas, cujo nome é utilizado em tentativas de burla porta-a-porta. Gasto de água, a fatura do serviço de televisão ou a renegociação do contrato de fornecimento de eletricidade ou gás natural são alguns dos pretextos utilizados. Por vezes, os consumidores são levados a dar informações e a assinar contratos nem sempre vantajosos", alerta a associação para a defesa do consumidor.
Num artigo publicado no seu site, a associação para a defesa do consumidor deixa seis dicas para evitar esta burla, sublinhando que "não deve ceder a pressões":
- Quando for interpelado ao domicílio, desconfie de argumentos como "vamos verificar se a sua fatura está conforme as regras que entraram em vigor este ano", "podemos analisar as suas faturas para saber se está a pagar a mais?" ou ainda "estamos a fazer um inquérito em nome do regulador, e gostaríamos de verificar a sua fatura";
- Se pretende saber mais sobre a alegada proposta, comece por pedir a identificação do vendedor. Caso não consiga confirmar a veracidade da identificação, não deixe que entrem em sua casa. Registe a data e a hora a que o abordaram, assim como os nomes das pessoas tal como se identificaram, e contacte a empresa que referiram;
- Não partilhe as suas faturas, pois têm informação suficiente para iniciar um processo de mudança. Nas mãos de burlões, pode ser uma fonte de problemas futuros;
- Nunca assine um contrato sem o ler. Em caso de dúvida, não assine;
- Não decida sob pressão. As boas oportunidades voltam. Se a oportunidade parece imperdível, peça para ser contactado pela empresa por outro meio (telefone ou e-mail) e para lhe enviarem a documentação relevante. Informe que precisa de tempo para refletir sobre outras propostas que existam no mercado;
- Antes de dizer “sim” e assinar contrato, pense bem sobre a proposta. Informe-se e compare preços e condições nos simuladores de telecomunicações ou eletricidade e gás natural da DECO PROteste.
E se se aperceber de que algo não está bem quase na hora?
Segundo a associação, quando o consumidor celebra um contrato nesta situação tem direito a "um prazo de reflexão de 14 dias, a contar da data em que assinar". De acordo com o que é explicado, o consumidor pode colocar fim ao contrato, sem qualquer despesa associada ou necessidade de justificação.
"Se, na sequência de uma venda porta-a-porta, acabar por contratar e mais tarde tiver suspeitas de burla, pode apresentar queixa no prazo de seis meses. É possível denunciar vários crimes (entre eles, a burla) sem ter de ir à esquadra", escrevem ainda os especialistas, dando conta de uma outra situação: "Se acha que foi alvo de conduta incorreta por parte de uma empresa, pode ainda usar a plataforma Reclamar da DECO PROteste para expor a situação. O caso será enviado para a empresa com o apoio de juristas".
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