Autarca de Esposende aceita "desafio" e vai presidir ao IHRU
O presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, afirmou hoje que aceitou o convite do primeiro-ministro para presidir ao Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU).
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Economia IHRU
"Só aceitei este desafio porque acredito em si, no seu projeto e na sua visão para o país", afirmou hoje Benjamim Pereira numa visita de Luís Montenegro a Esposende.
O autarca anunciou a saída do município durante a cerimónia de inauguração do Laboratório de Inovação e Sustentabilidade Alimentar (LISA) do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, onde o primeiro-ministro marcou presença.
"Perante o convite, como é que um simples cidadão, presidente da câmara, poderia dizer que não a um convite desta natureza?", observou, dizendo não resistir "a um bom desafio".
Benjamim Pereira irá assim substituir António Leitão, que assume a presidência do Conselho Diretivo do IHRU desde junho de 2023.
Destacando o papel desempenhado pelo autarca em Esposende, o primeiro-ministro considerou que Benjamim Pereira assume "um desafio gigante, que é o de coordenar com o Governo uma das principais políticas públicas que pode dar qualidade de vida, bem estar, futuro, sustentabilidade, competitividade, capacidade de reter o capital humano em Portugal".
Em declarações aos jornalistas à margem da cerimónia, Benjamim Pereira afirmou que irá provavelmente assumir funções na segunda semana de setembro, uma vez que o processo está ainda em curso e que a nomeação necessita de ser aprovada em Conselho de Ministros.
Questionado sobre o que iria trazer de novo para o IHRU, o autarca assegurou que "a pior coisa que podia fazer era achar que está tudo mal".
"Não há de ser assim com toda a certeza, mas uma coisa é certa, o IHRU está neste momento confrontado com dificuldades que nunca teve até à data", referiu, elencando o crescimento do Alojamento Local, o aumento da procura devido à imigração, mas também o custo da habitação.
"Há muitos problemas, mas isso não quer dizer que a estrutura não tenha capacidade para os resolver", referiu, dizendo que pretende, assim que assumir funções, fazer um diagnóstico da situação, notando que existem "duas realidades" no âmbito do instituto.
"Há a marcação do património, há muita coisa ligada ao IHRU que tem de funcionar, mas depois há uma nova dimensão que é a execução das estratégias locais de habitação, que os municípios têm do seu lado e que tem de ser feita, sendo fundos do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], até junho de 2026", referiu.
Benjamim Pereira assegurou ainda que a sua prioridade à frente do IHRU será "dar resposta a quem precisa de habitação", desde os jovens à classe média.
"Estamos a falar na ordem dos 4,5 mil milhões de euros para executar em relação à habitação. É uma responsabilidade enorme, estou confortável e tranquilo com essa responsabilidade porque sei que vou dar o meu melhor e que vou encontrar com certeza uma equipa que, quanto muito precisará de ser motivada para alcançar objetivos", acrescentou.
[Notícia atualizada às 20h58]
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