Caixa espera resultados muito positivos este ano mas "inferiores" em 2025

O presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, disse hoje que a Caixa terá este ano resultados bastante positivos, mas em 2025 não será tão fácil, esperando resultados inferiores perante o cenário de descida das taxas de juro.

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15/10/2024 ‧ há 1 semanas por Lusa

Economia

Caixa Geral de Depósitos

"Para o ano as perspetivas [para a CGD] é que os resultados sejam inferiores aos deste ano" porque não será fácil "compensar aquilo que é o cenário central" de uma perspetiva de corte das taxas de juro de 150 pontos base, referiu Paulo Macedo.

 

O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos falava na conferência sobre 'O papel da banca no desenvolvimento económico-social', promovida pela Associação Portuguesa de Bancos (APB), em Lisboa, a propósito do seu 40.º aniversário.

Da mesma forma que a CGD espera resultados "bastante positivos" este ano, "para o ano temos de nos preparar, e para os anos seguintes", disse o gestor.

Num painel em que participaram os presidentes executivos dos maiores bancos a operar em Portugal, o CEO do BCP, Miguel Maya, salientou que o tema da rentabilidade dos bancos "é essencial", mas apontou os "fardos pesados" que persistem no país, referindo-se às contribuições extraordinárias que recaem sobre a banca.

"Andamos a falar em descer 1 ponto percentual a taxa do IRC e mantemos ainda contribuições extraordinárias", disse.

O momento orçamental foi também referido pelo presidente executivo do BPI, João Oliveira e Costa, ao classificar como "trágica" a conversa a que o país assistiu nos últimos dois meses sobre o conteúdo e negociações do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

"Temos um Governo eleito e uma proposta de Orçamento do Estado e andamos com discussões sobre se falaram à noite ou se falaram de manhã", disse, afirmando que Portugal vive um "momento único", mas que depende de todos dar um passo em frente, ou seja, ter mais ação e menos comentário.

A escala, concorrência e regulação foram igualmente questões referidas neste painel, em que participaram também os presidentes executivos do Santander Portugal, Pedro Castro e Almeida, e do Novo Banco, Mark Bourke.

[Notícia atualizada às 20h04]

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