Banco Mundial apoia Orçamento de Cabo Verde com 25 milhões de dólares
O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças de Cabo Verde disse hoje à Lusa que Banco Mundial deverá, ainda este ano, atribuir um apoio orçamental de 25 milhões de dólares na área da capacitação.
© Lusa
Economia Cabo Verde
"Estamos a negociar para que ainda este ano possamos ter esse apoio orçamental, que servirá para financiamento de ações transformativas", disse Olavo Correia em entrevista à Lusa no final dos Encontros Anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que terminam hoje em Washington.
O apoio de 25 milhões de dólares, cerca de 23,1 milhões de euros, serão canalizados "para as áreas da conectividade, ação climática e digital, capital humano e setor privado e diversificação da economia, para além do melhoramento do reforço das instituições e desmaterialização da economia, através de procedimentos administrativos 'online'", disse Olavo Correia, reforçando o objetivo de Cabo Verde ter serviços públicos 100% digitais.
A carteira do Banco Mundial em Cabo Verde está perto dos 300 milhões de dólares (277 milhões de euros), a que se juntam mais 100 milhões de dólares de dólares, ou 92 milhões de euros, da Sociedade Financeira Internacional, o braço do Banco para financiar operações do setor privado, apontou o governante, que será o presidente do conselho de governadores do Banco Mundial e do FMI durante o ano de 2025.
"O portefólio do Banco Mundial em Cabo Verde compreende uma carteira diversificada, é muito importante para nós em termos do envelope financeiro, mas temos de fazer ainda melhor para podermos ter uma capacidade de implementação ainda melhor, e há também uma reforma ao nível do modelo de funcionamento do Banco Mundial", disse Olavo Correia.
Entre as reformas em curso no Banco Mundial para melhorar e aumentar o apoio aos países mais necessitados, Olavo Correia destacou a iniciativa para conferir "mais escala, mais celeridade e mais impacto" nos projetos e a criação de um fundo para a preparação dos projetos.
"Muitas vezes os países só começam a fazer estudos quando assinam contratos de financiamento, quando devia ser ao contrário: primeiro o estudo de viabilidade, e depois quando for assinado o contrato, o projeto começa no dia seguinte, mas como não há recursos para criar o projeto, faz-se o inverso, e isso cria problemas graves" ao nível da lentidão da implementação dos projetos.
Para além disso, concluiu, o Banco Mundial decidiu também "criar uma capacidade para ajudar a montar um quadro institucional e de governação para acelerar a criação de projetos, juntando o mundo académico e da formação", o que vai permitir que os países apresentam projetos mais apelativos aos financiadores.
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