Fim de apoios na UE impede descida do gás e sobe a luz no 1.º semestre
A retirada, por parte dos governos da União Europeia (UE), dos apoios na energia aos consumidores levou, no primeiro semestre deste ano, a subidas no preço da luz e impediu descidas no do gás, anunciou hoje o Eurostat.
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Economia Eurostat
Dados hoje divulgados pelo gabinete estatístico comunitário indicam que, nos primeiros seis meses do ano, os preços médios da eletricidade doméstica na UE registaram um pequeno aumento em comparação com o segundo semestre de 2023, de 28,3 euros por 100 kWh (quilowatt-hora) para 28,9 euros por 100 kWh.
"Apesar das reduções no custo da energia, do fornecimento e dos serviços de rede (-2% em comparação com o segundo semestre de 2023), os preços totais aumentaram ligeiramente (+2%), uma vez que os governos reduziram os subsídios, as licenças e as reduções de impostos para os consumidores (o total de impostos aumentou 16% em relação ao segundo semestre de 2023)", observa o Eurostat.
Além disso, em comparação com o primeiro semestre de 2023, quando atingiram 29,4 euros por 100 kWh, os preços médios no espaço comunitário registaram uma ligeira descida.
No que toca ao gás, os preços médios da UE caíram 7% em comparação com o mesmo período de 2023, passando de 11,9 euros por 100 kWh para 11 euros por 100 kWh.
Além da comparação homóloga, também se registou uma diminuição na variação em cadeia, já que os preços médios do gás foram, no primeiro semestre deste ano, inferiores em 2% aos do segundo semestre de 2023 (11,3 euros por 100 kWh).
Cálculos do Eurostat revelam que os preços sem impostos do gás caíram 12% na variação homóloga e 10% na em cadeia.
Tendo estes valores em conta, o Eurostat adianta que, em comparação com o primeiro semestre de 2023, o peso dos impostos nas faturas da luz aumentou, nos primeiros seis meses deste ano, de 18,5% para 24,3%, o equivalente a mais 5,8 pontos percentuais.
Nas faturas do gás na UE, este peso aumentou de 22,8% para 27,4% (+4,6 pontos percentuais).
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