BES: Omissões, má memória e troca de culpas. O que falta saber?
A Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) ao BES/GES está a chegar ao fim mas são muitas – e importantes – as questões que continuam à espera de resposta.
© José Carmo / Global Imagens
Economia CPI
Entre pedidos de desculpas, omissões de factos, falta de memória de situações e troca de culpas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) está a analisar o caso BES/GES há já cinco meses mas são, ainda, muitas as questões por responder.
O Diário de Notícias (DN) faz, este domingo, uma espécie de balanço e revela quais os aspetos que os deputados ainda não conseguiram decifrar mas que prometem voltar a trazer à baila. Em primeiro lugar, ainda não se sabe para que servia a ES Enterprise, empresa cujo propósito é ainda uma incógnita.
Além disso, são também várias as dúvidas em torno da Escom, sociedade angolana que ordenou a compra de dois submarinos à Alemanha e que nunca entregou ao GES o dinheiro da venda da Sonangol. E ainda em território angolano, “ainda não está claro o que aconteceu entre Salgado e Álvaro Sobrinho”, refere Duarte Martes, lembrando que está por apurar o paradeiro dos 3,3 mil milhões de euros atribuídos pelo BES à filial sediada em Luanda.
Por apurar – e também com Ricardo Salgado no centro da questão – está o ‘presente’ de 14 milhões de euros que o empresário José Guilherme deu ao ex-presidente-executivo do BES. A oferta foi justificada como sendo um agradecimento por conselhos dados por Salgado, mas o valor obrigou o ex-banqueiro a alterar a sua declaração de rendimentos de 2011, tendo sido obrigado a transferir o dinheiro para a Savoices, sociedade offshore de Salgado.
Também a aguardar resposta está a questão do esquema de colocação de obrigações do ramo não financeiro nos balcões do BES, situação que levou a um buraco financeiro no banco na ordem dos 1.250 milhões de euros.
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