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Grandes bancos obrigados a aumentar 'almofada anticrise' em 2016

Os 30 maiores bancos de todo o mundo considerados sistémicos devem contar a partir de 1 de janeiro de 2016 com uma 'almofada anticrise' que cubra 16% dos seus ativos ponderados pelo risco, determinou hoje o Conselho de Estabilidade Financeira do G20.

Grandes bancos obrigados a aumentar 'almofada anticrise' em 2016
Notícias ao Minuto

11:43 - 09/11/15 por Lusa

Economia Regulação

O documento hoje divulgado pelo Financial Stability Board (FSB) do G20 indica também que a partir de 1 de janeiro de 2022 esta percentagem, conhecida como 'total loss absorbing capacity' (TLAC) - a capacidade de cumprir compromissos em caso de falência - deverá subir para 18%.

O FSB também estabeleceu que o 'leverage ratio exposure' (LRE) - o rácio de exposição de alavancagem -, obtido através da divisão do capital pelo ativo total, deverá ser de 6% a partir de 01 de janeiro de 2019 e de 6,75% a partir de 2022.

Estas novas exigências da normativa Basileia III sobre a 'almofada' que deve ser constituída para evitar futuras crises financeiras coincidem exatamente com os que a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) determinou na semana passada para os oito maiores bancos norte-americanos considerados sistémicos.

O governador do Banco de Inglaterra e presidente do FSB do G20, Mark Carney, assegurou hoje que o conceito de banco "demasiado grande para cair" já é coisa do passado porque as reformas adotadas impedem que o colapso de uma entidade afete todo o sistema.

Numa intervenção pelo telefone, Carney sublinhou que a adoção destas reformas e de novas exigências reforçou de forma notável a resistência do sistema financeiro global e criou as ferramentas necessárias para que o conceito "demasiado grandes para cair" seja coisa do passado no setor bancário.

Já foram alcançados grandes avanços, indicou Carney, adiantando que boa parte dos avanços foram encaminhados para conseguir que os grandes bancos "possam cair sem provocar danos ao sistema e sem se ter que recorrer aos contribuintes", precisou Carney.

Contudo, depois de sete anos de trabalho árduo ainda há muito trabalho "duro e tedioso" pela frente, disse.

Todos os bancos com presença internacional cumprem os requisitos de capital estabelecidos em Basileia III e isto inclui também os que têm importância sistémica. Em relação à liquidez, cerca de 80% das entidades financeiras cumprem ou superam os requisitos exigidos, precisou.

Carney recordou que o compromisso do organismo com as reformas em países emergentes e em desenvolvimento e assegurou que o êxito do projeto vai requerer esforços "enormes e sustentados" na aplicação das reformas para se poder assegurar um crescimento sustentado e vigiar de forma constante o aparecimento de novos riscos.

Só assim o FSB poderá garantir ao G20 um crescimento "forte, sustentado e equilibrado para todos os países", disse.

Nas próximas semanas, o FSB deverá divulgar documentação sobre "shadow banking" ou 'banca na sombra', operações financeiras e de financiamento à margem do puro financiamento bancário com o objetivo de aumentar a confiança e de dar mais segurança.

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