Mota-Engil quer continuar a crescer em África
O presidente da Mota-Engil, cujos acionistas aprovaram hoje um aumento de capital no âmbito da retirada de bolsa da Mota-Engil África, afirmou hoje que o grupo pretende continuar a crescer naquele continente, embora "não com a perspetiva de há dois anos".
© Global Imagens
Economia António Mota
"Os negócios [em África] estão a andar razoavelmente, numa perspetiva de continuidade e de crescimento. Aquilo que se apurou é que não fazia sentido fazer a dispersão de África quando os preços das 'commodities' e do petróleo, dos quais as economias africanas estão muito dependentes, estão extremamente baixos, e por isso o que fizemos foi comprar outra vez a totalidade das ações da Mota-Engil África e retirá-la da bolsa [de Amesterdão]", afirmou António Mota em declarações aos jornalistas no final da assembleia-geral de acionistas da empresa, que hoje decorreu no Porto.
Recordando que a Mota-Engil está "há 70 anos em África", onde "cresceu sempre", mesmo que "umas vezes mais, outras menos", António Mota disse manter "muita esperança de que as coisas continuem a correr bem" naquele continente, embora admitindo que já "não com a perspetiva de há dois anos atrás".
Questionado pela agência Lusa sobre um eventual futuro regresso à bolsa da Mota-Engil África, o empresário afirmou: "Em princípio, é uma coisa em que não é para pensar nos próximos tempos".
No início do mês, a Mota-Engil anunciou a compra de todas as ações da Mota-Engil África detidas pela Mota Gestão e Participações (MGP) e que representam cerca de 12,6% do seu capital social e respetivos direitos de voto, no âmbito do processo de saída da subsidiária africana do grupo do mercado de ações da Holanda.
Além do aumento de capital, na assembleia-geral de hoje os acionistas aprovaram a designação de um revisor oficial de contas para verificar o crédito que constitui a entrada em espécie a efetuar pela MGP no âmbito da subscrição de ações a realizar através de novas entradas em espécie, apenas com um voto contra representativo de 0,0076% do capital.
Os acionistas aprovaram ainda a deliberação sobre a supressão do direito legal de preferência da MGP quanto à tranche em numerário destinada a subscrição pelos acionistas no exercício do respetivo direito de preferência no âmbito do aumento de capital.
Este último ponto na agenda foi aprovado com dois votos contra, representativos de 0,0018% do capital.
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