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Sindicato nos Açores denuncia ordenados em risco em IPSS

O SINTAP/Açores disse hoje que os ordenados dos funcionários de várias Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) estão em risco, porque o Governo Regional está transferir verbas protocoladas com meses atraso.

Sindicato nos Açores denuncia ordenados em risco em IPSS
Notícias ao Minuto

20:37 - 22/07/16 por Lusa

Economia Sintap

"As IPSS com Jardins de Infância queixam-se junto do SINTAP de estarem a viver dias de grandes dificuldades financeiras" porque "a secretaria regional da Educação se continuar a atrasar na transferência das respetivas comparticipações financeiras destinadas a suportar o funcionamento daqueles equipamentos sociais, ameaçando e comprometendo assim o pagamento dos salários dos respetivos trabalhadores", salientou Orlando Esteves, dirigente do SINTAP/Açores, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo.

Em causa está um protocolo da secretaria regional da Educação com as IPSS com jardim de infância, que prevê a transferência de 100 euros por criança, em cada trimestre.

De acordo com Orlando Esteves do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), antes a tutela transferia as verbas no início do trimestre, mas há vários anos que deixou de fazê-lo, colocando dificuldades à gestão das instituições.

A título de exemplo, o dirigente sindical disse que a verba referente ao período de abril a junho do ano passado só foi transferida em outubro ou novembro.

Este ano, o valor do mesmo período ainda não foi pago e o sindicato teme que o atraso se repita, colocando em causa os vencimentos de julho e agosto, sobretudo tendo em conta que as instituições tiveram de pagar em junho os subsídios de férias.

Segundo Orlando Esteves, nos últimos anos, têm-se verificado atrasos nas transferências em todos os trimestres.

Por outro lado, o sindicalista lamentou que os protocolos da secretaria regional da Solidariedade Social com as IPSS não sejam atualizados desde 2009, apesar de estar prevista uma atualização no início deste ano.

"Há instituições com a corda ao pescoço, há instituições já a despedir pessoal, há instituições já a mandar trabalhadores para outras instituições", salientou.

A Lusa tentou obter uma reação da secretaria regional da Educação, mas não foi possível.

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