Humberto Pedrosa garante que não está arrependido de comprar TAP
O presidente do grupo Barraqueiro, Humberto Pedrosa, considerou hoje que entrar no capital da TAP foi "um desafio enorme", garantindo não estar arrependido de se aventurar no negócio da aviação.
© Reuters
Economia Privatização
"Não estou, de maneira nenhuma, arrependido e acredito no sucesso da TAP. A TAP irá estar no topo das companhias aéreas", afirmou o empresário, pouco depois de ter recebido o prémio "Personalidade do Ano", um reconhecimento da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira a personalidades do mundo empresarial dos dois países.
Quase um ano depois de ter fechado acordo com o Governo de Passos Coelho, para a aquisição de 61% do capital do grupo TAP, como acionista maioritário do consórcio Atlantic Gateway, Humberto Pedrosa diz não estar arrependido, apesar do atraso na concretização do negócio.
A mudança de Governo levou o empresário novamente à mesa das negociações, reduzindo a participação do consórcio (de Humberto Pedrosa e do dono da Azul, David Neeleman) para 45% e reforçando a do Estado, de 39% para 50%.
Depois deste último acordo para uma nova estrutura acionista para a TAP, o fecho da operação tem vindo a ser adiado pela necessidade de renegociar a dívida do grupo com os bancos, faltando ainda a luz verde do supervisor (Autoridade Nacional da Aviação Civil) para a conclusão da operação.
Agora, acrescentou Humberto Pedrosa, importa "consolidar o salto" do transporte rodoviário de passageiros e de mercadorias para a aviação, um "salto enorme, não há dúvida nenhuma".
Perante uma plateia luso-brasileira, o empresário garantiu que a TAP vai continuar a apostar no Brasil, considerando que a companhia tem "um papel importante nas relações dos dois países".
Em declarações aos jornalistas, o empresário disse que "a crise no Brasil levou a TAP a reduzir a oferta", explicando que a companhia quer repor e aumentar a oferta.
O presidente do conselho de administração da TAP, Fernando Pinto, já tinha manifestado a intenção de relançar rotas no Brasil, que tiveram uma redução das frequências motivada pela instabilidade política e económica daquele que é o principal mercado da TAP, que foi também muito impactado pela desvalorização do real.
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