Angola consegue na China financiamentos de mais de 7,3 mil milhões
O ministro das Finanças angolano, Archer Mangueira, anunciou ter fechado na terça-feira, em Pequim, mais de 7.800 milhões de dólares (7,3 mil milhões de euros) de financiamento chinês para cerca de quatro dezenas de projetos de obras públicas em Angola.
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De acordo com informação transmitida pelo governante angolano, o financiamento chinês visa a construção do porto de águas profundas do Caio, no enclave de Cabinda, já em curso e que prevê receber os primeiros navios no final de 2017, este no valor de 831 milhões de dólares (780 milhões de euros).
O financiamento chinês agora "finalizado" com o Governo angolano prevê mais 37 acordos específicos para obras em várias áreas, como energia e águas, habitação ou reabilitação de estradas, ao abrigo da Linha de Crédito da China.
"Vão ser implementadas já a partir de janeiro de 2017, no montante total de 2,5 mil milhões de dólares [2,3 mil milhões de euros]", disse o ministro das Finanças.
Acresce ainda o financiamento, também rubricado por Archer Mangueira, com o Banco Comercial e Industrial da China, no valor de 4,5 mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros) para a construção no rio Kwanza da barragem de Caculo Cabaça, que será a de maior potência do país.
Estas obras públicas financiadas pela China são, por norma, adjudicadas a empresas chinesas, que depois subcontratam outras empresas, angolanas e estrangeiras.
De acordo com o ministro das Finanças, outros cinco "grandes projetos", desde a reabilitação de estradas, aos novos acessos ao futuro aeroporto de Luanda ou à compra de locomotivas e construção de habitação estão em "fase final de enquadramento" com a China, num financiamento que será superior a 1.500 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros).
A Lusa noticiou a 07 de novembro que o financiamento chinês a Angola ronda já os 15 mil milhões de dólares (14 mil milhões de euros), desde 2004, apoio que o Governo angolano pretende ver reforçado para a execução dos seus programas de desenvolvimento.
A posição foi então expressa pelo ministro e chefe da Casa Civil da Presidência da República, Manuel da Cruz, na abertura do Fórum de Investimento Angola-China, em Luanda, em que participam mais de 450 empresários chineses.
Realçando o aumento progressivo do volume de negócios entre os dois países, Armando da Cruz considerou excelentes das relações de amizade entre Angola e a China, baseada na cooperação económica.
"Reconhecemos por isso o papel essencial do investimento da China em Angola na promoção do desenvolvimento sustentável, do crescimento económico, da redução da pobreza, da criação de emprego, da expansão da nossa capacidade produtiva e do nosso desenvolvimento humano", disse Armando da Cruz.
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