Ano novo, Governo novo

2016 arranca com novos nomes no poder. Inexperiente na política mas com currículo preenchido por cargos técnicos, sobretudo no Banco de Portugal, Mário Centeno assume a pasta das Finanças. Na economia, Manuel Caldeira Cabral é a escolha para abrir portas ao investimento e dar cara à estratégia económica nacional.

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Lisboa, capital do empreendedorismo

Depois de muita expectativa e promessas, a maior cimeira de empreendedorismo do mundo pousou em Portugal, trazendo uma vaga de euforia como há muito não se via na capital. Os visitantes no parque das Nações foram muitos e muito diferentes. Já durante a noite, o Night Summit tomou de 'assalto' as ruas lisboetas.

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Lisboa, capital do empreendedorismo

Cerca de 53 mil pessoas estiveram em Portugal para a Web Summit: cinco mil empresas, sete mil presidentes executivos e 700 investidores de topo chegaram para apresentar os projetos e fazer contactos cruciais para o futuro.. Em quatro dias o país lucrou cerca de 200 milhões de euros, entre hotéis, táxis e restaurantes;  as compras e levantamentos com cartões estrangeiros na rede Multibanco dispararam 50%, tendo sido realizadas cerca de 230 mil operações, com uma subida do valor de 30%, superando 17 milhões de euros.

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Adeus Diário, olá Jornal

A crise que se abateu sobre o Diário Económico, do grupo Ongoing, com salários em atraso, levou a que o jornal tivesse deixado de ser publicado em papel. O site aproveitou a pausa de verão para dizer um adeus silencioso e a declaração de insolvência da Económico TV, em novembro, assinalou a morte oficial do projeto líder da imprensa económica em Portugal.

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Adeus Diário, olá Jornal

Das cinzas do Diário nasceu, no entanto, o Jornal Económico, que dividiu com o Eco - Economia Online os antigos diretores e grande parte da redação do defunto diário. O jornal Oje também aproveitou para apostar no conteúdo económico e juntou-se ao grupo de concorrentes dos ainda líderes Jornal de Negócios e Dinheiro Vivo.

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Turismo recordista

O ano de 2016 ficará na História como o ano da verdadeira explosão turística em Portugal. Os muitos prémios internacionais trouxeram milhares de interessados e os números são impressionantes.

Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística, referentes a outubro, dão conta de 1,8 milhões de hóspedes e 5 milhões de dormidas em outubro, correspondendo a aumentos homólogos de 12,7% e 12,4%. Houve ainda cerca de 20% mais receitas do que em outubro do ano passado, num total de 270 milhões de euros.

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A nova ascensão de Amorim

Aos 82 anos, Américo Amorim voltou a ser considerado o homem mais rico de Portugal. Na lista anual da revista Forbes, o empresário português ocupa a posição 369 entre 1.810 multimilionários, a mesma do ano anterior, com uma fortuna estimada em 3,7 mil milhões de euros.

A conta recheada permitiu até uma passagem de testemunho importante.

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De pai para filha

Américo Amorim ‘passou o testemunho’ à filha mais velha, Paula Amorim, que assumiu em outubro a presidência do Conselho de Administração da Galp Energia.

A descendência não podia ser mais direta e para quem estivesse a pensar em mudanças, Paula Amorim foi muito clara: "Não vai mudar absolutamente nada".

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Produtores de leite e suinicultores desesperados

Num ano marcado pelos baixos preços, produtores de leite e suinicultores não pouparam nos protestos e nas críticas aos hipermercados, apontados como os principais culpados da crise do setor.

O fim das quotas leiteiras, a penalização pela retração da procura, o aumento da produção fora da Europa e o embargo russo continuaram a marcar o ano. Em prol dos suinicultores o Governo procurou contrariar a crise com linhas de crédito, redução nas contribuições para a Segurança Social e rotulagem obrigatória da carne, o que não impediu os preços de voltarem a cair para valores inferiores aos custos de produção.

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Uma 'paz podre' entre estivadores

O Porto de Lisboa viveu a primeira metade de 2016 em (novo) clima de greves e tensão, o que levou a uma forte quebra no volume de carga movimentada que a paz social vivida desde julho ainda não permitiu recuperar.

O volume total de carga movimentada no Porto de Lisboa caiu 15,6% entre janeiro e outubro em relação ao período homólogo, para 8,15 milhões de toneladas, de acordo com o último relatório da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes.

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Um lobista com experiência europeia

A incerteza sobre a situação do Reino Unido e a necessidade de ganhar poder nos círculos da política europeia lançaram a busca do Goldman Sachs por uma figura de relevo.

Durão Barroso foi o escolhido, mas o 'sim' às posições de chairman e consultor teve consequências nefastas. Para além das muitas críticas de políticos e cidadãos de todo o mundo, Barroso tornou-se 'persona non grata' em Bruxelas, deixando de ter direito aos privilégios de antigo presidente da Comissão Europeia.

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Guerra aberta no BPI

A disputa já era antiga, mas atingiu este ano o ponto mais crítico. Isabel dos Santos e CaixaBank entraram em várias batalhas para discutir o futuro do BPI, sempre com posições bem definidas e estratégias distintas.

A necessidade de sair de Angola deixou o dono espanhol entre a espada e a parede e permitiu a Isabel dos Santos enterrar-se nas trincheiras e forçar os adversários a abdicarem.

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Teimosia e 'vitória' de Isabel dos Santos

Contas feitas, o CaixaBank foi obrigado a colocar o Banco Fomento Angola sob o controlo da filha do presidente angolano, recebendo em troca a tão desejada alteração de estatutos que permite o sucesso da OPA ao BPI.

Os dois lados da batalha enterraram finalmente os machados de guerra e a Unitel saiu do caminho dos espanhóis, futuros 'reis' do BPI.

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Angolanos recuam, reinam os espanhóis

Aprovada a venda parcial do BFA à Unitel, o presidente não-executivo do BPI, Artur Santos Silva, disse que com esta solução estão finalmente resolvidos os problemas relativos à exposição excessiva a Angola, e o presidente executivo, Fernando Ulrich, considerou que com o banco, livre da "complexidade destes últimos dois anos", estará agora "mais focado nos clientes e nos negócios".

Espera-se para breve o início oficial do domínio maioritário do CaixaBank, o dono espanhol de um dos bancos da moda em Portugal.

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O 'annus horribilis' da Caixa

Prejuízos, recapitalização adiada e acima de tudo, muita polémica na liderança. 2016 foi o ano de todos os pesadelos para o banco público, com um início instável e um final ainda pior, onde a esperança num futuro melhor é o único ponto positivo.

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Demissão após braço-de-ferro

António Domingues foi o centro do furacão nos últimos meses. A nomeação parecia não gerar grande polémica, mas as repetidas notícias sobre a reforma do BPI e a recusa em entregar declarações de rendimentos ao Tribunal Constitucional criaram uma pressão insustentável, que redundou no pedido de demissão.

No meio de um coro de críticas e muitas declarações contraditórias, o ex-administrador do BPI saiu pela porta pequena poucos meses depois de chegar.

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Rei morto, rei posto

Após a demissão de António Domingues não tardou a nomeação de Paulo Macedo, antigo ministro da Saúde do executivo de Passos Coelho. A escolha parece ser universalmente elogiada, mas a recapitalização de janeiro será um primeiro teste muito duro para a nova administração, que ainda não é totalmente conhecida.

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Nova liderança sem recapitalização no 'esquecido' banco público

Não foi só a Caixa Geral a nomear um novo presidente para a esfera pública: em julho, António Ramalho foi nomeado como novo presidente do Conselho de Administração do Novo Banco, substituindo o discreto Eduardo Stock da Cunha.

A pacífica vida atual do Novo Banco esconde, no entanto, a pressa para vender os ativos aos interessados com perdas controladas para o Estado.

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TAP: promessas cumpridas

A estrutura acionista da TAP sofreu mais uma mudança este ano. Cumprindo-se em fevereiro uma promessa eleitoral do Governo socialista, o Estado reforçou a posição acionista e passou a ter 51%, correspondente a um voto de qualidade no Conselho de Administração. Ainda assim, o consórcio Atlantic Gateway, dos empresários David Neeleman e Humberto Pedrosa, reteve o poder executivo e continuará a tomar as decisões operacionais.

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Sanções? Zero

Foi um dos temas mais discutidos durante a primeira metade de 2016, mas no final de contas, a montanha... 'pariu um rato'. O histórico de sanções zero veio à superfície e Portugal, tal como Espanha, ficou apenas com um aviso para melhorar o desempenho orçamental.

Os bons resultados previstos para o final do ano podem mesmo transformar uma situação limite numa saída do Procedimento por Défices Excessivos.

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Salários repostos, carteiras mais cheias

As boas notícias surgiram em outubro, mês que oficializou a ansiada devolução dos rendimentos dos funcionários públicos e trabalhadores do Setor Empresarial do Estado.

Salários e benefícios voltaram ao pré-troika, depois de muita luta dos trabalhadores e de um acordo generalizado da Esquerda parlamentar e Governo.

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Um país à beira do abismo

Inflação de 500%, recessão de 10% e de 5% para 2017, acusações de terrorismo financeiro, escassez de bens e um povo a passar fome. Assim vai a vida na Venezuela. O país está mergulhado numa profunda crise económica, com o FMI a antecipar uma quebra de 10% na riqueza produzida no país este ano e uma nova recessão de 4,7% no próximo ano.

A escassez de comida e medicamentos criou uma situação quase insustentável e levou a vários protestos reprimidos de forma violenta. Os dias sombrios prometem continuar, pelo menos enquanto o mercado do petróleo não permitir que o país encha de novo os cofres e volte aos tempos já esquecidos de Hugo Chávez.

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FMI? Afinal não, obrigado

Angola viu-se obrigada a ajustar mais uns furos nas já apertadas contas, novamente devido à quebra nas receitas com a exportação de petróleo.

Em abril, o Governo formalizou um pedido ao FMI para um programa de assistência técnica, com um envelope financeiro que podia chegar aos 4,2 mil milhões de euros, mas em junho, já com o barril de petróleo a bater os 45 dólares, máximos do ano, Angola prescinde desse apoio e tudo voltou a estar como dantes.

O ano termina com o país a pagar taxas de juro da dívida pública de cerca de 25% a um ano, endividamento necessário para cobrir o buraco com as receitas do 'ouro negro'.

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Finalmente a solução?

O tão ansiado plano de reembolso quatro mil clientes do BES que compraram papel comercial de empresas do grupo só chegou em dezembro.

Apesar de não serem ainda conhecidos todos os detalhes, tudo indica que a solução proposta passe pela recuperação de 50% a 75% do valor investido, dependendo do crédito reclamado por cada cliente. Fica uma condição: os clientes ficam impedidos de processar o Novo Banco, o futuro dono do Novo Banco, Banco de Portugal, CMVM, Fundo de Resolução e Estado português devido às perdas.

De onde vem o dinheiro? António Costa garante que será resgatado do antigo BES, mas a hipótese de os portugueses voltarem a financiar as perdas ficou em aberto.

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Fisco nos depósitos, nem pensar

O Presidente da República vetou em setembro o decreto do Governo que obriga os bancos a informar a Autoridade Tributária sobre as contas bancárias de residentes em território nacional com saldo superior a 50 mil euros.

O polémico programa de 'espionagem' fiscal nunca foi bem recebido por toda a gente, apesar de muitos defenderem a necessidade de controlar de forma mais eficaz os rendimentos.

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Tem dívidas? Peça ajuda ao PERES

O Plano Especial de Redução do Endividamento ao Estado foi anunciado em outubro como uma nova oportunidade dos devedores pagarem o dinheiro em falta perante o Fisco com condições vantajosas e juros zero.

O sucesso do programa levou a que o prazo máximo de adesão fosse alargado por uns dias e, no fim, os números são impressionantes: quase 100 mil contribuintes aproveitaram a oportunidade de reembolsar o Estado e só este ano, foram recuperados 511 milhões de euros.

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Nobel do ano

Os economistas Oliver Hart e Bengt Holmström deram continuação à restrita lista de vencedores do prémio Nobel da Economia, graças ao contributo dado com a pesquisa sobre a teoria dos contratos.

Ao contrário de vencedores de anos anteriores, os dois professores preferiram manter-se nas sombras e recusaram várias oportunidades para falar publicamente do galardão.

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Rioforte ainda faz estragos

Em Janeiro, a Pharol anunciou uma ação de responsabilidade contra os seus antigos administradores Zeinal Bava, Henrique Granadeiro e Luís Pacheco de Melo por "violação dos respetivos deveres legais e contratuais", nomeadamente devido ao investimento na Rioforte.

A polémica do antigo Grupo Espírito Santo ainda mexe e os estragos para administradores e ex-clientes começam a ser impossíveis de contabilizar.

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Natal por inteiro

As opiniões dividem-se, mas a maior parte dos funcionários públicos viu a abolição da obrigatoriedade de receber o subsídio de Natal em duodécimos como uma excelente notícia.

Ainda assim, um atraso no processamento impediu o pagamento por inteiro em dezembro, fracionando o valor em duas parcelas, uma delas ainda distribuída em duodécimos.

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O IMI das vistas

Varanda, boa vista, boa localização ou exposição solar: estes três fatores passaram a ser alvo de maior atenção por parte dos compradores de casas, graças a uma revisão do código do IMI sui generis. apesar de o Governo garantir que as reavaliações serão raras e quase sempre iniciativa dos contribuintes, o estigma do 'IMI das vistas' marcou a vida parlamentar durante os meses que antecederam a apresentação do Orçamento do Estado.

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O "Orçamento de escolhas" da Esquerda unida

Apesar dos "riscos e discrepâncias" que levantaram dúvidas a Bruxelas sobre o cumprimento das metas orçamentais definidas, a proposta de Orçamento de Estado para 2017 foi apresentada pelo Governo e aprovada na Assembleia da República graças ao apoio de Bloco de Esquerda, PCP e Verdes.

No texto, foram incluídas muitas alterações fiscais que fizeram as delícias de comentadores, apoiantes e detratores do Governo.

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Adeus sobretaxa...mas de forma progressiva

O tão prometido desaparecimento da sobretaxa do IRS foi confirmado, mas a suspensão das retenções na fonte será feita de forma progressiva e não imediata como muitos ambicionavam.

Para os escalões mais baixos, o peso fiscal extra vai deixar de existir ainda na primeira metade do ano; para os mais ricos, as boas notícias apenas chegam no segundo semestre de 2017.

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Guerra (fiscal) ao açúcar

A 'Fat Tax' nasceu, mas num formato mais contido do que o previsto inicialmente. As comidas com muita gordura ou sal ficam de fora, mas a partir de janeiro, os refrigerantes com com açúcar ou adoçante passam a ser alvo de imposto extra. Os gramas de açúcar ou edulcorantes por litro dividem as bebidas em dois grupos, com taxa mais alta para os mais açucarados.

Num belo exemplo de sustentabilidade fiscal, o Governo vai aproveitar a receita extra para equilibrar as contas do Sistema Nacional de Saúde.

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Uma 'lei do faroeste'

O novo Orçamento cria uma contribuição sobre cartuchos de múltiplos projéteis cujo material utilizado contenha chumbo, a ser paga pelos produtores ou importadores de munições. Por cada munição adquirida, passará a ser cobrada uma taxa de dois cêntimos.

Mais uma vez num espírito de sustentabilidade, as receitas serão transferidas para o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

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Produtos para deficientes recebem alívio bem vindo

Para o PAN, esta foi uma das grandes bandeiras e uma enorme vitória que assegurou o apoio ao Orçamento. O leque de produtos para deficientes com taxa mínima de IVA aumentou exponencialmente, dando um enorme alívio à carteira de quem já vive com limitações muitas vezes difíceis de compreender.

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O 'ataque' dos chineses ao BCP

Depois de algum namoro, a Fosun decidiu em novembro formalizar o casamento. Uma participação reduzida no capital do Millennium BCP transformou-se numa fatia significativa, afastando os espanhóis do Sabadell e dando conta da intenção de controlar um dos bancos históricos de Portugal, depois de falhar a compra do Novo Banco.

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Moçambique endividado

Depois de o Governo de Moçambique ter assumido oficialmente a incapacidade financeira para pagar as próximas prestações das dívidas das empresas públicas com empréstimos ocultos, o FMI alegou que o país não cumpriu com as obrigações de divulgação financeira ao abrigo do programa de apoio e anulou a sua avaliação positiva da implementação deste programa, não exigindo, ainda assim, mais medidas.

O caos financeiro agravou-se e aguardam-se mais desenvolvimentos numa época muito difícil para os maiores membros dos PALOP.

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Uma 'bomba' chamada Trump

As eleições dos Estados Unidos foram inquestionavelmente um dos acontecimentos do ano. Meses e meses de disputa deixaram a sociedade norte-americana desfeita e das cinzas, Donald Trump saiu vitorioso.

Ao contrário do que se poderia pensar, não houve qualquer colapso nos mercados e com a renovada força do dólar, (graças à subida das taxas de juro e à política nacionalista que se adivinha) a bolsa de Nova Iorque está prestes a atingir um novo máximo histórico.

No entanto, os avisos sucedem-se e há muitos analistas que temem um colapso iminente, com consequências desastrosas para a economia mundial.

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República da Irlanda, a estrela da zona euro

Enquanto Portugal dá sinais positivos mas ainda segue um lento caminho de recuperação, nas ilhas britânicas surgiu um farol de esperança para a zona euro: a República da Irlanda.

Poucos anos depois de ter pedido ajuda financeira e de ser colocado no mesmo grupo da vergonha de Portugal, Espanha, Grécia e Itália (PIIGS), a Irlanda tem o crescimento mais alto da zona euro e uma economia mais diversificada e totalmente recuperada da crise financeira.

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A explosão económica sem liderança política

A economia espanhola registou dos melhores resultados na zona Euro em 2016, apesar de o país ter vivido uma das maiores crises políticas nos últimos 35 anos, com dez meses de impasse e um Governo de gestão. Segundo as últimas previsões da Comissão Europeia, Espanha vai terminar 2016 com um crescimento de 3,2% do seu Produto Interno Bruto (PIB), quase o dobro da média dos países da Zona Euro (1,7%) e bem acima da Alemanha (1,9%), da França (1,3%), da Itália (0,7%) ou de Portugal (0,9%).

A falta de governo maioritário e a necessidade de fazer concessões para gerar consensos deu azo a uma política económica sem peso ideológico, que combina as melhores ideias de todos os espectros políticos e deu um novo impulso a 'nuestros hermanos'.

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Porto Rico: Uma ilha em colapso

Na primeira metade do ano, as notícias não podiam ser piores: sem dinheiro para pagar as dívidas e sem qualquer esperança de reestruturar os pagamentos aos credores, Porto Rico foi obrigado a assumir a própria falência a estender a mão para pedir ajuda aos Estados Unidos, Estado soberano do protetorado porto-riquenho.

O futuro continua a ser sombrio e a chegada de Donald Trump ao poder (e respetivo desprezo pela cultura latina) poderá significar uma bancarrota com consequências desastrosas.

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Brexit: Um soco no estômago do projeto europeu

Todas as sondagens apontam o não como vencedor de uma disputa renhida, mas, tal como nas eleições legislativas de 2015, a análise estatística provou-se um fiasco total. Nigel Farage e Boris Johnson juntaram-se para cantar vitória após uma campanha de retórica invulgarmente agressiva, antes de se afastarem dos destroços que os próprios provocaram.

O processo de saída do Reino Unido da União Europeia ainda não foi posto em marcha, mas vitória do Brexit no referendo não tardou a fazer estragos: ao fim de 38 anos, a agência de notação S&P cortou o rating da dívida britânica de triplo A para AA e com perspetiva negativa. 

Também a libra esterlina sofreu um colapso face às rivais euro e dólar, tornando-se oficialmente a moeda com o pior desempenho este ano. 

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Ano novo, salário mínimo novo

Nos últimos dias de 2016, a reunião entre Governo, sindicatos e confederações patronais acabou com excelentes notícias para grande parte dos trabalhadores nacionais: um aumento do salário mínimo para os 557 euros mensais.

No reverso da moeda, a descida da Taxa Social Única paga pelas empresas em 1,25 pontos percentuais deixou reticências na mente de muitas pessoas.

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