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"Não me vou reformar até ter uma medalha olímpica na minha coleção"

Yolanda Hopkins falou com o Desporto ao Minuto sobre a iniciativa 'Marvão ao Mar' e 'piscou o olho' aos objetivos traçados para o futuro, numa altura em que a participação nos Jogos Olímpicos ainda está bem presente na sua memória.

"Não me vou reformar até ter uma medalha olímpica na minha coleção"
Notícias ao Minuto

07:10 - 21/11/24 por Filipe Carmo

Desporto Exclusivo

Levar crianças de Marvão, que até então só tinham visto o rio, a conhecerem o extenso mar que banha São Pedro de Moel. Foi precisamente esse o objetivo da iniciativa 'Marvão ao Mar', promovida pela Prio, que contou com a ajuda de Yolanda Hopkins, uma das referências do surf português na atualidade.

 

A atleta lusa, que tem um apelido estrangeiro que lhe foi passado pela mãe nascida no País de Gales, é natural de Faro, mas foi para Sines que se mudou já em adulta, por considerar que a diversidade de ondas era maior e que isso a ajudaria a evoluir de forma mais rápida na modalidade.

O desejo tornou-se realidade, e Yolanda, nos dias que correm, já tem poucas provas por dar. No último verão, fez parte da comitiva que representou Portugal nos Jogos Olímpicos e chegou aos 'oitavos', fase em que foi eliminada por Brisa Hennessy. O sonho de chegar ao topo do surf mundial não 'caiu ao mar', e Hopkins, conforme confessou numa entrevista ao Desporto ao Minuto, não tem dúvidas de que, um dia, terá uma medalha olímpica para juntar aos restantes troféus que já conquistou.

Como eu sempre tive o mar na minha vida, foi muito fixe ver os miúdos criarem as suas primeiras memórias à minha frenteO que a motivou a juntar-se à iniciativa 'Marvão ao Mar'? 

É uma iniciativa incrível para miúdos que, provavelmente, nunca teriam uma ligação grande com o mar, e que, assim, tiveram a possibilidade de criar laços para o resto da vida.

Qual foi a sensação de estar presente na primeira ocasião em que algumas destas crianças viram o mar, sendo que o mar é um dos lugares onde a Yolanda passa mais tempo? 

Foi muito especial para mim. Como eu sempre tive o mar na minha vida, foi muito fixe ver os miúdos criarem as suas primeiras memórias à minha frente. Fez-me lembrar do que senti quando fui, pela primeira vez, para a água com uma prancha. Foi como reviver aquela emoção através deles. 

Que fatores justificam o aumento do interesse pela modalidade nos últimos anos?

Eu não tenho a certeza por que razão a modalidade explodiu no mundo, mas acho que, aqui, em Portugal, é porque temos uma costa tão incrível para surfar. Penso que seria apenas uma questão de tempo para o surf ser uma das top modalidades. O surf ter entrado nos Jogos Olímpicos também deu mais credibilidade à modalidade. 

O que falta fazer para que o surf tenha uma expressão ainda maior junto da população? 

Acho que ainda falta exposição do desporto nos canais de televisão nacionais com mais frequência e de forma mais detalhada. Mesmo os Jogos Olímpicos tiveram muito poucas horas de exposição. 

A Yolanda foi uma das representantes nos últimos Jogos Olímpicos. Que balanço retira dessa participação? 

Quem me conhece sabe que eu estava a apontar para ser a número 1, mas a variante do surf é o mar, e a mãe natureza não espera por ninguém. Eu não duvido, mesmo depois do que aconteceu, que tenho capacidades para atingir o número 1. Não aconteceu desta vez, mas será numa próxima. Eu não me vou reformar até ter uma medalha olímpica na minha coleção de troféus.

Que impacto teve o facto das provas de surf terem sido disputadas na Polinésia Francesa, a 15 mil quilómetros de Paris? Impediu-a, por exemplo, de se sentir verdadeiramente no torneio olímpico? 

Eu, no início, não estava muito entusiasmada por ser tão longe de Paris e tornar-se um campeonato normal, mas, depois de experienciar os Olímpicos lá, acabei por ficar convencida! A organização tentou mesmo de tudo para ser uma experiência única para os surfistas olímpicos – quem pode dizer que ficou de estadia num cruzeiro de luxo nas lagoas da Polinésia Francesa com as melhores vistas do mundo? Não interessa quantos mais anos de carreira terei, sei que nunca vou poder experienciar novamente aquilo que foi passar os olímpicos em Teahupo'o. 

Aos 26 anos, que objetivos tem para o futuro próximo? E a longo prazo? 

Eu, que fiquei tão próxima de me qualificar para o campeonato mundial este ano, tenho como perspetiva qualificar-me no futuro próximo para entrar na temporada de 2026. A longo prazo, quero ter pelo menos um título de campeã mundial WSL e entrar nos próximos dois ciclos olímpicos.

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