Empresas esperam moderação do aumento dos preços e salários em 12 meses
As empresas da zona do euro esperam uma moderação do aumento dos preços de venda e dos salários nos próximos 12 meses, para em média 3% no primeiro caso e 3,3% no segundo, informou hoje o BCE.
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Economia BCE
O Banco Central Europeu (BCE) publicou hoje o seu inquérito sobre o acesso das empresas ao financiamento no segundo trimestre, no qual as empresas disseram esperar que os preços de venda aumentem 3% nos próximos 12 meses, menos três décimas do que a previsão anterior.
Preveem igualmente que os salários aumentem 3,3% nos próximos 12 meses, contra 3,8% no inquérito do primeiro trimestre.
As empresas consideram que a inflação média a um, três e cinco anos se manterá em 3%, o que traduz uma redução de quatro décimas de ponto percentual das suas expectativas para os próximos 12 meses e uma manutenção nos restantes prazos.
No que respeita às condições de financiamento, a restritividade abrandou no segundo trimestre, depois de 31% das empresas terem comunicado aumentos das taxas de juro do crédito bancário, contra 43% no período anterior.
Além disso, a percentagem de empresas que referiram aumentos nos outros custos de financiamento diminuiu de 37% no primeiro trimestre do ano para 28% no segundo trimestre.
Um por cento das empresas referiu uma diminuição da sua necessidade de empréstimos bancários entre abril e junho, um valor semelhante ao do trimestre anterior, enquanto 2% reportaram uma melhoria na disponibilidade de empréstimos bancários entre abril e junho, contra 3%
Isto fez com que o défice de financiamento bancário - a diferença entre a necessidade e a disponibilidade de empréstimos bancários - diminuísse para 1% das empresas, em comparação com um aumento para 2% das empresas no inquérito anterior.
Além disso, as empresas tornaram-se mais otimistas quanto à disponibilidade de empréstimos bancários nos próximos três meses, depois de o BCE ter reduzido as taxas de juro em 0,25 pontos percentuais na reunião de 06 de junho.
Quanto aos obstáculos ao acesso ao financiamento, as empresas consideraram as perspetivas económicas gerais como o principal fator, embora em muito menor grau do que na ronda anterior de inquéritos.
Ao mesmo tempo, a sua perceção da disponibilidade dos bancos para emprestar dinheiro, que pode refletir a sua aversão ao risco, melhorou no segundo trimestre, aumentando de 4% para 9%.
Oito por cento das empresas referiram um aumento do volume de negócios entre abril e junho, contra 3% no inquérito anterior, enquanto as empresas se mostraram mais otimistas em relação ao próximo trimestre.
Menos empresas registaram uma deterioração dos resultados em relação ao inquérito anterior, embora as pressões sobre os preços continuem a afetar todas as empresas.
No caso do mercado de trabalho, a maioria não registou alterações na média de horas trabalhadas, com 2% das empresas a indicarem um aumento nos últimos três meses.
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