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Suécia confirma apoio de longo prazo de países nórdicos a Kyiv

O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, confirmou hoje em Estocolmo o compromisso de longo prazo dos países nórdicos com a Ucrânia e o objetivo da vitória contra a Rússia, e apoiou a fórmula de paz do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Suécia confirma apoio de longo prazo de países nórdicos a Kyiv
Notícias ao Minuto

15:50 - 31/05/24 por Lusa

Mundo Kyiv

"Volodymyr, pode contar e o povo ucraniano com o apoio nórdico contínuo e firme. O nosso objetivo estratégico é a vitória ucraniana", disse Kristersson durante uma conferência de imprensa por ocasião da cimeira dos chefes de Estado e de Governo dos países nórdicos - Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Islândia -- com a Ucrânia para abordar questões de segurança e defesa.

O líder sueco acrescentou que, a partir de hoje, todos os países nórdicos assinaram acordos bilaterais de segurança com Kiev, numa "verdadeira manifestação de compromisso de longo prazo para apoiar a Ucrânia" face à invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022.

"Isto significa que confirmamos o nosso compromisso de fortalecer as capacidades de defesa da Ucrânia", afirmou Kristersson, enumerando o reforço de equipamento militar, a formação e ajuda para o país desenvolver a sua própria indústria de defesa.

Além disso, o governante sueco disse que este apoio "será guiado pelas necessidades da Ucrânia", que, após mais de dez anos de agressão russa e mais de dois anos de guerra em grande escala, "continua a lutar com extraordinária determinação".

O primeiro-ministro sueco especificou que até agora os países nórdicos em conjunto forneceram ajuda militar e civil à Ucrânia num valor de cerca de 17 mil milhões de euros.

Referiu-se ao recente pacote de apoio militar da Suécia, que tem um "foco muito claro" no fornecimento de capacidades de defesa aérea em estreita cooperação com os parceiros da coligação e que inclui duas aeronaves de vigilância, bem como artilharia, munições e veículos blindados.

O chefe do Governo de Estocolmo salientou que este é um verdadeiro investimento não só na segurança da Ucrânia, mas também da Suécia e da Europa.

Por outro lado, Kristersson confirmou que os países nórdicos participarão ao mais alto nível na cimeira de paz promovida pela Ucrânia na Suíça em meados de junho, à qual, segundo Zelensky, quase uma centena de países e organizações internacionais já confirmaram a sua presença.

O Presidente ucraniano acusou a Rússia de chantagear alguns líderes e tentar bloquear a sua participação na cimeira.

Kristersson sublinhou que os nórdicos apoiam a fórmula de paz ucraniana, baseada no direito internacional e na Carta das Nações Unidas, incluindo o respeito pela integridade territorial da Ucrânia.

Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro sueco reafirmou o apoio nórdico à integração da Ucrânia na comunidade euroatlântica.

"O lugar legítimo da Ucrânia é na NATO e continuaremos a encorajar o caminho da Ucrânia rumo à adesão à União Europeia (UE). Estaremos com a Ucrânia enquanto for necessário", assegurou.

O Presidente finlandês, Alexander Stubb, apelou, pelo seu lado, a todos os aliados ocidentais e àqueles que os apoiam para contribuírem com o que puderem em termos de munições, veículos militares e material de defesa, que descreveu como um objetivo de curto prazo, porque "a situação no terreno é crítica".

Também apelou para o maior número possível de países na cimeira na Suíça para alcançar o objetivo a médio prazo de uma "paz justa" para a Ucrânia.

O objetivo a longo prazo, acrescentou, é apoiar, tanto quanto possível, a Ucrânia no seu caminho rumo à adesão à UE e à NATO.

"É preciso deixar claro a um país como a Rússia e a um líder como [o Presidente russo, Vladimir] Putin que a agressão tem consequências, e essas consequências são que a Ucrânia é europeia, membro da União Europeia e membro da NATO", observou.

Na mesma conferência de imprensa, a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, sublinhou a necessidade de acelerar e aumentar o apoio à Ucrânia face à situação crítica no campo de batalha, expandir as suas próprias indústrias de defesa, além de apoiar a produção de armas, munições e 'drones' (aparelhos não tripulados) no país atacado.

Leia Também: Ucrânia. Portugal avalia participação no plano de 40 mil milhões da NATO

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