Atirador da Geórgia foi interrogado pela polícia no ano passado
FBI considerou que jovem podia ser uma ameaça. O pai, que lhe dava acesso a armas, foi detido e indiciado por quatro crimes de homicídio involuntário, dois crimes de homicídio em segundo grau e oito crimes de crueldade contra crianças.
© Reprodução vídeo
Mundo EUA
Novos detalhes sobre o atirador da Geórgia estão a ser tornados públicos e colocam em cima da mesa a possibilidade do tiroteio na escola secundária de Apalachee poder ter sido evitado.
Em maio de 2023, agentes da polícia bateram à porta da casa do jovem para o entrevistar.
A visita aconteceu depois de as autoridades de Jackson County terem recebido um alerta do FBI sobre uma ameaça através da plataforma Discord, em que alguém falava "tiroteio numa escola básica amanhã".
A polícia deslocou-se à casa em causa e deparou-se com Colin Gray, pai do atirador. Ai questionaram-no sobre se o filho jogava videojogos com regularidade, se havia armas em casa e se podiam falar com o jovem. O pai assentiu a todas as perguntas.
"Nenhuma está carregada, mas estão ao alcance dele, sim. Costumamos caçar juntos, este ano ele conseguiu abater pela primeira vez num veado", afirmava o pai, negando saber das intenções do filho em fazer explodir uma escola e admitindo que se ele o fizesse ficaria "muito chateado" e retirar-lhe-ia o acesso às armas.
O homem garantia ainda que estava a ensinar tudo o que sabia sobre segurança ao filho e que falavam sobre os tiroteios em escolas em casa, de forma a prevenir que isso acontecesse.
Quando questionado pela polícia, Colt garantiu que já não tinha nenhuma conta na plataforma em causa e que nunca afirmara nada relacionado com a vontade de protagonizar um ataque a uma escola.
Antes de se ir embora, a polícia fê-lo garantir que este não tinha intenções de tais atos, afirmando que isso poderia levar à sua detenção.
O vídeo em causa é mais uma prova de que o ataque em causa poderia ter sido evitado, caso as autoridades tivessem seguido as suas desconfianças em relação ao jovem.
Recorde-se que Colt Gray foi indiciado por quatro crimes de homicídio, na sexta-feira, e será julgado como adulto.
Já o pai do menor, Colin Gray, que foi detido na quinta-feira à noite, foi indiciado por quatro crimes de homicídio involuntário, dois crimes de homicídio em segundo grau e oito crimes de crueldade contra crianças, por alegadamente ter permitido o acesso do adolescente à arma semi-automática usada no ataque, que também causou nove feridos.
O juiz responsável pelo caso disse que, se for considerado culpado, o homem de 54 anos poderá ser condenado a 180 anos de prisão.
Em nenhum dos casos a defesa dos suspeitos pediu libertação sob fiança, e ambos aguardarão julgamento em prisão preventiva.
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