Zelensky vai participar em reunião do Conselho NATO-Ucrânia em Bruxelas
Reunião do organismo terá início ao final da tarde de quinta-feira.
© Lusa
Mundo NATO
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai participar na reunião do Conselho NATO-Ucrânia, na quinta-feira, disse à Lusa fonte diplomática da Aliança Atlântica.
Zelensky, indicou a mesma fonte, vai participar na reunião do organismo criado para aproximar o país da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), que terá início ao final da tarde de quinta-feira.
Durante a manhã, o presidente da Ucrânia vai estar na reunião do Conselho Europeu.
Volodymyr Zelensky vai deslocar-se depois para o quartel-general da NATO, em Bruxelas, capital da Bélgica, para discutir o "plano para a vitória" que está a apresentar.
O plano contempla, por exemplo, um convite para a Ucrânia aderir à Aliança Atlântica, mas na tarde de quarta-feira o secretário-geral, Mark Rutte, rejeitou concretizá-lo para já, reconhecendo, contudo, que o país "está mais próximo do que nunca" de fazer parte do bloco político-militar.
O convite é o ponto principal de um plano com cinco partes apresentado pelo chefe de Estado ucraniano. No entanto, os 32 países que compõem a Aliança Atlântica têm rejeitado concretizar esse convite.
O "plano para a vitória" de Zelensky inclui ainda uma estratégia para melhorar as capacidades militares da Ucrânia, excluindo, no entanto, a existência de armamento nuclear, e um mecanismo para fazer crescer a economia ucraniana, severamente depauperada pelas disrupções da guerra e canalização de verbas para repelir a invasão russa.
Ainda é incerto se Volodymyr Zelensky viajará na sexta-feira para Berlim, onde decorrerá um encontro entre o chanceler alemão, Olaf Scholz, o Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, e o homólogo francês, Emanuel Macron, para abordar o "plano para a vitória" com os líderes de três das maiores economias mundiais.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto.
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