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Governo anuncia aumento de 300 euros no suplemento da condição militar

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, realçou que o dia de hoje é "histórico" e avançou um “acréscimo do suplemento de condição de militar equivalente ao que foi decidido para as forças de segurança”.

Governo anuncia aumento de 300 euros no suplemento da condição militar
Notícias ao Minuto

13:48 - 26/07/24 por Notícias ao Minuto

País Conselho de Ministros

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou, esta sexta-feira, que foram aprovadas novas medidas em Conselho de Ministros sobre a Defesa Nacional. Montenegro realçou que o dia de hoje é "histórico" e avançou um “acréscimo do suplemento de condição de militar equivalente ao que foi decidido para as forças de segurança”. 

 

O aumento de "300 euros para todo o efetivo" tem aplicação imediata em 200 euros. O restante valor vai ser atribuído "de forma subsequente" em 50 euros em janeiro de 2025 e janeiro de 2026.

Além disto, o primeiro-ministro realçou a atribuição de um suplemento de residência, reduzindo a distância de 100 para 50 km. 

Para os antigos combatentes vai haver uma comparticipação total dos medicamentos. 

O ministro da Defesa, Nuno Melo, começou a sua intervenção por referir que o Governo herdou "problemas muito graves nas Forças Armadas, depois de mais de uma década de desinvestimento". Nuno Melo refere que a prioridade "são as pessoas, os militares" e reconheceu o "ambiente de desalento" que prejudica o recrutamento e retenção dos militares. 

Assim, Melo garante que o reforço de 300 euros até 2026 visa a valorizar a condição militar. 

O ministro da Defesa destacou que em 2015, quando o Governo socialista tomou posse, as Forças Armadas tinham 29.178 militares. Já, este ano, na tomada de posse do novo Governo, existiam 23.220 militares nas Forças Armadas. “Estamos a falar de uma redução de menos 20% dos militares”, realçou. 

Nuno Melo anunciou também que, devido às dificuldades com os custos de habitação, o Governo decidiu que o afastamento de referência passa a ser de 5 quilómetros.

O Governo decidiu ainda que em caso de morte, o valor da compensação passa a ser "250 vezes o valor da retribuição mínima mensal garantida”. Já em caso de invalidez, o valor passa a ser fixado entre 150 e 250 vezes a retribuição mínima. 

Para os antigos combatentes foi anunciada a isenção do pagamento de medicamentos. Em casos de doenças do foro mental a comparticipação é de 90% "independentemente da idade" dos antigos militares. 

Nuno Melo agradeceu às associações que representam os militares e terminou a dizer que o Governo fez "em 115 dias o que não foi feito em oito anos, em outros casos em 15 anos e, noutros casos, em 20 anos". 

"Ao senhor primeiro-ministro pela capacidade que teve de trazer , juntamente comigo e com o resto do Governo, a Defesa para o topo das prioridades políticas, muito obrigado", concluiu Nuno Melo. 

As decisões foram tomadas no Forte de São Julião da Barra, em Oeiras, onde o Governo esteve reunido num Conselho de Ministros alargado aos secretários de Estado.

[Notícia atualizada às 14h09]

Leia Também: Conselho de Ministros alargado com Defesa como tema central

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