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GP de Portugal começou em Espanha, antes do Estoril e Algarve

O Grande Prémio de Portugal de motociclismo de velocidade, cuja continuidade no Mundial de MotoGP até 2026 foi hoje anunciada, começou por ser disputado em Espanha, antes de passar pelo Estoril e Algarve.

GP de Portugal começou em Espanha, antes do Estoril e Algarve
Notícias ao Minuto

10:47 - 25/09/24 por Lusa

Auto MotoGP

A história do Grande Prémio de Portugal de motociclismo de velocidade começou em 1987, mas, nesse ano, a prova disputou-se no circuito madrileno de Jarama, em Espanha.

 

Venceu o norte-americano Eddie Lawson (Yamaha) num ano em que o campeão foi o australiano Wayne Gardner (Honda).

Também no ano seguinte esteve prevista uma segunda edição do Grande Prémio de Portugal em território espanhol, no circuito andaluz de Jerez de la Frontera, mas, à última da hora, o Governo português não autorizou o uso da denominação, pelo que a prova passou, oficialmente, a ser o GP Expo92, de Sevilha.

A partir de 2000, o Grande Prémio de Portugal regressou ao Mundial, já em solo nacional, no circuito do Estoril, onde se manteve até 2012.

Nesse período (13 edições), apenas por cinco vezes o vencedor da prova acabaria por se sagrar campeão mundial. Aconteceu com o italiano Valentino Rossi em 2001, 2002, 2003 (com a Honda) e 2004 (em Yamaha), e com o espanhol Jorge Lorenzo (Yamaha), em 2010.

Nas restantes oito ocasiões, o vencedor no Estoril acabou por perder o campeonato.

O australiano Garry McCoy (Yamaha) venceu em 2000, ano em que o campeão foi o norte-americano Kenny Roberts Jr. (Suzuki).

O brasileiro Alex Barros (Honda) ganhou em 2005 (campeão foi Rossi), o espanhol Toni Elias (Honda) ganhou em 2006 (ano em que foi campeão o norte-americano Nicky Hayden) e Rossi venceu em 2007 (foi campeão o australiano Casey Stoner).

Seguiu-se as vitórias do espanhol Jorge Lorenzo, em 2008 e 2009, dois anos em que o campeão foi Rossi.

Em 2010, o piloto maiorquino quebrou o enguiço ao vencer no Estoril pela terceira vez consecutiva, mas sagrando-se campeão no final da temporada.

Já em 2011, o vencedor foi o também espanhol Dani Pedrosa (Honda), num ano em que o campeão foi Stoner. O australiano ganharia no ano seguinte, em 2012, na última visita ao Estoril, mas o campeão seria Lorenzo.

A pandemia de covid-19 fez a caravana regressar a Portugal em 2020, mas para o Algarve, que se tornou no 72.º circuito diferente a receber uma prova do Mundial, sendo o 29.º traçado a acolher a classe rainha do campeonato, que desde 2002 se denomina MotoGP.

Já no Algarve, o português Miguel Oliveira (KTM) venceu na primeira visita da prova a Portimão, em 2020, ano que consagraria o espanhol Joan Mir como campeão.

O ano de 2021 voltou a ser exceção, a sexta em 18 visitas a Portugal. O francês Fabio Quartararo (Yamaha) ganhou em terras algarvias e conquistaria a coroa no final da temporada.

Curiosamente, na segunda visita que o campeonato fez a Portugal nessa época, (a segunda corrida chamou-se GP do Algarve e aconteceu devido ao cancelamento da corrida na Austrália devido à pandemia), a vitória sorriu ao italiano Francesco Bagnaia (Ducati), bicampeão mundial em título.  

Em 2022, o francês Fabio Quarararo (Yamaha) voltou a levar a melhor sobre a concorrência, com Miguel Oliveira a terminar na quinta posição.

No ano seguinte, venceu Francesco Bagnaia com o espanhol Jorge Martin (Ducati), atual líder do campeonato, com 24 pontos de vantagem sobre o italiano campeão do mundo, a triunfar já neste ano de 2024.

Nos construtores, Yamaha soma 11 triunfos e a Honda cinco na categoria rainha no Grande Prémio de Portugal, sendo que o triunfo de Miguel Oliveira em 22 de novembro de 2020, na prova de encerramento da temporada passada, permitiu à KTM intrometer-se neste domínio nipónico.

Já o triunfo do italiano Francesco Bagnaia no GP do Algarve, em novembro, trouxe também a Ducati para a lista de construtores vitoriosos em Portugal, com a marca italiana a contar já com três vitórias.

Entre os pilotos, o italiano Valentino Rossi é o mais vitorioso, com cinco triunfos (um em 500cc e quatro em MotoGP), enquanto a vitória de Toni Elias, com uma Honda, em 2006, foi a que teve a margem mais curta de sempre (dois milésimos de segundo) para o segundo, Valentino Rossi.

Também a vitória do espanhol Alex Crivillé em Brno, na República Checa, em 1996, teve idêntica diferença para o australiano Mick Doohan.

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