Fogos? "Tragédias acontecem, mas relevante é que seres humanos aprendam"
Nuno Melo salientou que poderia ter visitado as regiões afetadas quando os incêndios ainda estavam ativos, mas que optou por não o fazer, uma vez que "os diversos agentes devem estar totalmente concentrados na sua missão".
© Getty Images
País Nuno Melo
O ministro da Defesa, Nuno Melo, realçou, esta segunda-feira, a rapidez com que o Governo de Luís Montenegro assegurou, com as autarquias, “o apoio às pessoas que sofreram muito” com os incêndios que assolaram Portugal em setembro, ao mesmo tempo que apontou que “as tragédias acontecem, mas relevante é que os seres humanos aprendam com elas”.
“O Governo assegurou juntamente com as autarquias o apoio às pessoas que sofreram muito com estes incêndios. O resto tem que ver com a aplicação destes recursos, [o que tem de acontecer] com transparência”, começou por dizer, em declarações à imprensa, durante uma visita a Albergaria-a-Velha e Vale de Cambra.
O também presidente do CDS-PP salientou ainda que, “infelizmente, as tragédias acontecem, mas relevante é que os seres humanos aprendam com elas”.
“Suponho que hoje já temos claramente definidas as causas de muitos destes incêndios e sabemos que quando o ordenamento acontece, quando as pessoas se organizam, as tragédias não se repetem com a mesma facilidade”, disse.
Nuno Melo indicou também que poderia ter visitado as regiões afetadas quando os incêndios ainda estavam ativos, mas que optou por não o fazer, uma vez que “os diversos agentes devem estar totalmente concentrados na sua missão”.
“Poderia ter vindo cá quando os incêndios estavam ativos, mas não o fiz. Entendo que quando as operações estão no terreno, os diversos agentes devem estar totalmente concentrados na sua missão. Os incêndios há aconteceram há algumas semanas, portanto acho que é um momento de balanço”, disse.
O ministro da Defesa recordou, além disso, que vai propor ao Governo a aquisição de dois 'kits' para dotar os aviões C-130 com capacidade para combater fogos, como acontecia no passado, anúncio que fez durante uma sessão para a assinatura do protocolo de cooperação para a implementação do ‘Referencial de Educação para a Segurança, a Defesa e a Paz’, com os 11 municípios da região de Aveiro.
"Entendemos que as Forças Armadas, se assim forem chamadas, poderão fazer mais, como aconteceu de resto no passado. Os C-130 são aeronaves que podem ser vocacionadas e colocadas ao serviço do combate aos incêndios desde que dotadas de 'kits' específicos", referiu.
Saliente-se que nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios que atingiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal. Ainda assim, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos.
Os incêndios florestais consumiram cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.
Leia Também: Ministro da Defesa quer colocar aviões C-130 a combater fogos
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com