Os moradores do Bairro do Zambujal, na Amadora, e os amigos de Odair Moniz, o homem que morreu baleado por um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) na passada segunda-feira, pedem respostas.
Em declarações à SIC Notícias, um amigo da vítima mortal comentou as imagens do momento que estão a ser partilhadas através das redes sociais. "O que vejo é um amigo meu deitado no chão, baleado, uma pessoa que eu nunca vi ter uma atitude agressiva para com ninguém. Acho que é preciso respostas a estas questões todas: porque é que ele foi baleado? Como é que ele foi ali parar? Houve uma perseguição? Não houve? Ele estava armado? Não estava?"
Questionado sobre se Odair costumava andar armado, respondeu que "não".
Sobre as informações que deram conta de que a vítima mortal estaria a circular num veículo alegadamente roubado quando tudo aconteceu, este amigo afirmou: "O carro que certos meios de comunicação dizem que foi supostamente roubado... eu próprio quando saía com o Odair à noite, era eu quem conduzia o carro, porque não bebo", descreveu à SIC Notícias.
E reiterou: "Ia sair com o Odair [...], era eu quem conduzia este carro e íamos para todo o lado. Não, não era um carro roubado; esta informação partiu de onde? E isto faz-me pensar. Podia ter sido eu neste lugar".
De lembrar que há duas noites que esta zona tem sido 'palco' de distúrbios que, entretanto, se alastraram a bairros de Lisboa.
A morte de Odair Moniz, de 43 anos, está a gerar revolta na zona da Amadora e há também registos de tumultos noutras zonas da Área Metropolitana de Lisboa. A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, reagiu esta quarta-feira, numa curta declaração à imprensa, classificando os distúrbios como "inadmissíveis".
Notícias ao Minuto | 08:59 - 23/10/2024
Odair Moniz, de 43 anos, foi baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, na Amadora, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.
Na segunda-feira, o Ministério da Administração Interna determinou à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) a abertura de um inquérito urgente e também a PSP anunciou a abertura de um inquérito interno para apurar as circunstâncias da ocorrência.
O agente que baleou o homem foi constituído arguido, indicou fonte da Polícia Judiciária.
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