Pedro Nuno anuncia estados gerais para construir alternativa ao Governo
O secretário-geral socialista anunciou hoje que nos próximos meses o PS vai lançar "estados gerais" para "construir com o país uma alternativa programática e de poder ao Governo da AD", prometendo continuar a renovação de quadros.
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Política Europeias
"O nosso programa eleitoral foi a votos e os deputados do PS foram eleitos para o defender. Não excluímos o diálogo, mas não ignoramos que nós conseguimos ter um bom resultado nas legislativas que nos obriga a defender aquelas que são as nossas propostas, as nossas ideias e nós fazemos com gosto a defesa dos nossos ideais e do nosso programa político", referiu Pedro Nuno Santos no discurso da vitória das eleições europeias de domingo.
Assegurando que o partido vai continuar o seu "processo de renovação", seja de quadros no PS seja renovação programática, o líder do PS fez um anúncio.
"Nos próximos meses o PS lançará os estados gerais para que nós consigamos construir com o país uma alternativa programática e de poder ao Governo da AD", adiantou.
Os "estados gerais para a nova maioria" foram uma estratégia de abertura do PS à sociedade civil lançados então por António Guterres quando estava na oposição e que lançaram as bases da sua governação.
Segundo Pedro Nuno Santos, a vitória do PS deu força "à estratégia que o PS delineou e anunciou ao país no dia em que perdeu as eleições legislativas a 10 de março".
"Sermos oposição. Oposição responsável, mas assertiva. Apresentar propostas e a defender a nossa ideia de Portugal. O povo português deu razão à estratégia que nós escolhemos", defendeu.
No entanto, estes resultados "são também um alerta para um Governo que decidiu ignorar o parlamento e a oposição, para que não continue a governar por decreto".
"A estratégia de ter um Governo a governar por decreto que ignora a oposição foi chumbada nestas eleições. Os portugueses exigiram humildade contra a arrogância na relação com o país, com a oposição e com o parlamento", apontou.
Segundo Pedro Nuno Santos, "o PS continuará a fazer o seu trabalho na oposição, como tem feito até agora".
"Disponíveis para dialogar, disponíveis para construir em conjunto, numa oposição responsável, mas sem nunca abdicarmos daquilo que apresentamos aos portugueses e que foi sufragado", assegurou.
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