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OE? "Vejo no sr. Presidente uma grande confiança de que vai ser aprovado"

Secretário-geral do PCP defende que o "Orçamento que o Governo está a cozinhar é um Orçamento que não dá resposta" aos problemas do país.

OE? "Vejo no sr. Presidente uma grande confiança de que vai ser aprovado"
Notícias ao Minuto

19:03 - 06/09/24 por Tomásia Sousa com Lusa

Política Paulo Raimundo

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, defendeu, esta sexta-feira, que o "Orçamento que o Governo está a cozinhar é um Orçamento que não dá resposta" ao problema dos salários, das pensões e da habitação, mas refere que vê no Presidente da República "grande confiança" em como o documento vai ser aprovado.

 

"Aquilo que vejo no sr. Presidente é uma grande confiança de que o Orçamento vai ser aprovado e o sr. Presidente lá terá informações que eu não tenho para ter essa confiança toda", afirmou, à margem da abertura da 48.ª 'Festa do Avante', na Quinta da Atalaia, no Seixal. 

Sobre a ronda de reuniões marcadas para terça-feira entre Governo e partidos sobre o Orçamento do Estado para 2025, Paulo Raimundo informou os jornalistas de que não estará presente, mas fez saber que o PCP se fará representar.

"O Paulo Raimundo não estará. O Paulo Raimundo esteve na outra reunião - em que, por uma questão de doença, o senhor primeiro-ministro não pôde estar -, não estará na próxima. Mas nós vamos estar na reunião com o Governo", afirmou, acrescentando que o PCP vai procurar demonstrar ao executivo porque é que o seu orçamento "não corresponde às necessidades".

"Não corresponde às necessidades dos salários, das pensões, do Serviço Nacional de Saúde, do investimento público, do acesso à habitação. Isto é que é preciso resolver. E o orçamento que o Governo está a cozinhar - e que não está a cozinhar sozinho, aqui ninguém é inocente - é um orçamento que não dá resposta a nada disto", acrescentou.

O secretário-geral do PCP considerou ainda que seria inconcebível não haver eleições se o Orçamento do Estado for chumbado, apesar de se manifestar convicto de que será aprovado, por haver "forças muito fortes que querem mais esta peça em andamento".

"Não há nenhuma razão para que, se o Orçamento for chumbado, o caminho a seguir não seja exatamente o mesmo que foi há dois anos atrás", respondeu o líder do PCP, aludindo ao chumbo da proposta do Orçamento do Estado para 2022, que levou Marcelo Rebelo de Sousa a dissolver a Assembleia da República e convocar eleições legislativas antecipadas, que deram a maioria absoluta ao PS.

O secretário-geral do PCP afirmou não ver "nenhuma possibilidade de não ser assim" também este ano, caso o Orçamento do Estado seja chumbado, acrescentando não estar "a ver qual é que era o contorcionismo que se ia arranjar para não ser assim".

"Não há nenhum elemento, não há nenhum cenário existente nem possível de conceber em que, perante o chumbo do Orçamento - que o senhor Presidente está convencido que não vai acontecer e eu também -, não há nenhum elemento novo para que uma situação dessas seja diferente de há dois anos", reforçou.

O secretário-geral do PCP considerou que "este é o momento dos empurrões, de falar alto, das linhas vermelhas, cor-de-rosa, laranjas, azuis e depois, quando for o momento, o que determinará não é nem os empurrões, nem a gritaria, nem os peitos cheios, nem as linhas vermelhas ou azuis".

"O que determinará são os objetivos destas forças, dos grupos económicos, que estão a procurar mais uma peça para cumprir os seus objetivos. E aí temos de ver quem é que aguenta. Nós aguentaremos com toda a força", referiu.

Interrogado se acha que o PS vai viabilizar o Orçamento do Estado, Paulo Raimundo respondeu: "Isso agora, quem vai, já não sei".

Instado a especificar que forças são essas a que aludiu, o líder do PCP disse ter assistido, na Região Autónoma da Madeira, ao "peito feito, gritaria", e proclamações de que "com Miguel Albuquerque nunca, jamais", para depois o orçamento apresentado pelo seu executivo ser aprovado, com abstenções do PS, Chega e PAN.

"E também conhecemos outras histórias do passado: grandes gritarias, peitos feitos, grandes proclamações e depois arranja-se ali uma ou outra medida para justificar a viabilização desta ou daquela medida ou, neste caso, deste ou daquele orçamento. Cá estaremos para ver", disse.

[Notícia atualizada às 20h09]

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