PSD. Albuquerque admite recandidatar-se à liderança da Mesa do Congresso
O líder social-democrata madeirense, Miguel Albuquerque, admitiu concorrer novamente à presidência da Mesa do Congresso do PSD, cargo que ocupa desde 2022, se a conjuntura no relacionamento entre as estruturas nacional e regional do partido "estiver favorável".
© Pedro Rocha/Global Imagens
Política PSD
"Eu vou presidir à abertura [do congresso do PSD], depois vamos ver como é que a coisa se desenrola, porque eu não sou nomeado por lei, eu sou eleito numa lista", explicou, para logo reforçar: "Se a conjuntura estiver favorável, é provável que concorra. Se não estiver favorável, não concorro. É simples."
O dirigente social-democrata madeirense falava à margem de uma visita à empresa Cfarma -- Centro Farmacêutico da Madeira, no Funchal, onde se deslocou na qualidade de presidente do Governo Regional e onde abordou o congresso do PSD, que decorre sábado e domingo, em Braga.
Albuquerque explicou que a concretização de uma "conjuntura favorável" depende da negociação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) entre o executivo insular e o Governo da República (PSD/CDS-PP), considerando que a região quer ver inscritas algumas reivindicações que não constam da proposta apresentada na quinta-feira.
"Neste momento, temos urgência em resolver um conjunto de questões que tem a ver com o próximo ano económico e, nesse sentido, estamos a negociar o que fica no Orçamento e o que é remetido para a revisão da Lei das Finanças Regionais", disse, vincando, no entanto, que os governos estão a negociar um documento cujo quadro político ainda não está definido.
"Não se sabe ainda se o Orçamento vai ser aprovado, se este é o Orçamento que vai ser aprovado e quais os acordos que vão decorrer na especialidade que podem mudar este Orçamento", salientou, para depois acrescentar: "Estamos ainda numa situação de indefinição e esta situação de indefinição não é boa para o país."
O 42.º Congresso do PSD realiza-se no próximo fim de semana, em Braga, depois de ter estado previsto para os dias 21 e 22 de setembro, tendo sido adiado devido à situação dos incêndios que lavravam nessa altura no centro e norte do país.
O congresso vai eleger os órgãos nacionais do partido, depois de Luís Montenegro ter sido reeleito presidente da Comissão Política Nacional em eleições diretas em 06 de setembro, com mais de 97,45%.
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