Simone de Oliveira revela pacto: "Eram encostados à parede e fuzilados"
Simone de Oliveira relatou a sua viagem até Angola, em plena Guerra Colonial, para animar as Forças Armadas.
© Reprodução - SIC
Fama Simone de Oliveira
Com apenas 23 anos, Simone de Oliveira foi convocada pelo governo português para viajar até Angola na companhia de mais três artistas femininas. O objetivo? Levantar as moral das tropas que combatiam na Guerra Colonial.
Em entrevista a Júlia Pinheiro, a icónica cantora, hoje com 84 anos, lembrou este enorme desafio, no qual se deparou com momentos e histórias que a marcaram para sempre.
"Era não perceber porque é que tínhamos sido mandados para ali, o que é que estava a acontecer, porque é que estava a acontecer", desabafa, notando que temia pelo que pudessem fazer com a família que tinha ficado em Portugal.
Simone recorda, inclusive, que chegou a dar um espetáculo para militares que não viam pessoas de fora há mais de um ano.
Outra das memórias que deixou Júlia surpreendida foi o pacto que Simone diz ter feito com as colegas de profissão que a acompanharam.
"Tínhamos feito um pacto pelas quatro mulheres: acontecesse o que acontecesse, se alguém se tivesse metido connosco, e não temos 'isto' para dizer de ninguém, nós calaríamos porque eles eram encostados à parede e fuzilados", revela.
A personalidade nota que o pacto aplicava-se mesmo em caso de violações. Contudo, realça, Simone de Oliveira garante ter sido muito respeitada por todos os soldados a quem deixou a sua homenagem.
Veja aqui a entrevista.
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