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Quando era pequenino: "Tiraram-me da avó para ir para outro familiar"

É um ator já com 43 anos de carreira e com vários projetos no seu currículos, entre eles a série de sucesso 'Morangos Com Açúcar'. Hoje é o convidado da rubrica 'Quando Era Pequenino', do Fama ao Minuto. Reconhece-o?

Quando era pequenino: "Tiraram-me da avó para ir para outro familiar"

© Disponibilizada por Carlos Areia

Marina Gonçalves
06/09/2025 07:55 ‧ há 10 horas por Marina Gonçalves

Pensou em Carlos Areia? O ator tem 81 anos dos quais 43 são vividos no mundo da representação. 

 

Com mais de quatro décadas a trabalhar na arte de representar, Carlos Areia soma já um vasto currículo que começou nos anos 80, depois de ter feito teatro amador. 

Na televisão, 'Vila Faia', 'Eu Show Nico', 'Os Homens da Segurança', 'Uma Bomba Chamada Etelvina', 'Ricardina e Marta', 'Napoleão, Meu Amor!', 'Os Imparáveis', 'Nós os Ricos', 'Companhia do Riso', 'A Minha Sogra É uma Bruxa', 'Maré Alta', 'O Prédio do Vasco', 'O Clube das Chaves', 'Camilo em Sarilhos', 'Aqui Não Há Quem Viva', 'Destinos Cruzados', 'Nazaré', 'Patrões Fora', 'Por Ti' ou 'Papel Principal' são alguns dos projetos do qual fez parte. 

Foi também um dos atores que integrou o elenco da série de sucesso 'Morangos com Açúcar', da TVI, tendo-se destacado na segunda temporada a dar vida a Artur Rochinha - pai da personagem Ana Luísa (que era o papel de Cláudia Vieira). 

Hoje, Carlos Areia está nos cinemas com o filme 'O Lugar dos Sonhos', de Diogo Morgado, onde interpreta o protagonista avô Júlio. E este trabalho foi um "bombom" que "não estava nada à espera", como partilhou em conversa com o Notícias ao Minuto

Carlos Areia é hoje o convidado da rubrica 'Quando Era Pequenino', do Fama ao Minuto, onde partilha algumas recordações da infância.

O prato favorito na infância (e quem o preparava) e a comida que não gostava e que agora gosta?

Era um prato que a minha queria avó fazia, mãe da minha mãe, que hoje vai à mesa. Hoje é um prato fino, na altura era o que havia, o mais barato e mais fácil de confecionar e também muito apetitoso: é uma tomatada que é feita com tomate, cebola, ovos e tudo muito bem mexido. Aquilo tinha um gosto que ainda me lembro dele e não consigo encontrar nos pratos que hoje se fazem, ditos finos, e que não têm nem o mesmo cheiro.

Sobre o que não gostava... Lembro-me de ir a casa de familiares e de tentarem que comesse um género de caldeirada de sardinhas, coisa horrorosa. Não conseguia comer aquilo, era uma aflição. Hoje adoro. 

Quem era a pessoa que mais admirava?

Não era uma, eram três. O meu pai, que admirava mesmo estando ausente, a minha mãe, que nunca conheci e tinha uma admiração pela imagem que me foi criada dela, e a minha avó, que me criou até à idade adulta. 

Quais as melhores férias quando era pequenino?

Lembro-me que não tinha férias. O nosso castelo era a minha rua. Os putos da minha rua que na altura iam de férias, a maior parte deles iam para colónias de férias e depois contavam-me as suas aventuras. Eu, que não ia, ficava roído de inveja. Mas depois era compensado quando o meu pai me vinha visitar e me levava a passear, nem que fosse à Tapada da Ajuda, ou a um lugar qualquer. A companhia dele e onde ele me levava já me preenchia. 

A que dia voltava na infância? E porquê?

É difícil, mas na adolescência gostava de voltar à altura em que tinha os meus 10/12 anos e tomar uma atitude, que deveria ter tomado quando me tiraram da minha avó para me entregar a outro familiar. Poder estar lá e dizer 'não, daqui não saio, fico com a minha avó'. Aliás, que foi para onde acabei por voltar mais tarde. Gostaria de ter tomado essa medida nessa altura. 

Complete a frase: Se voltasse à minha infância, nunca… mais deixaria que fizessem de mim bola de basquetebol que se atira de mão em mão, como me senti atirado por vezes. Gostaria de ter marcado a tal posição de dizer 'basta, deixem-me estar quieto, deixem-me viver com a minha avó na minha rua, nesta maneira de estar na vida, nesta maneira que a vida me deu. Não inventem porque só me vão fazer mal'. E fizeram, mas está tudo bem, está tudo perdoado. Mas nunca, nunca deixaria que me afastassem do meu ambiente natural. 

Notícias ao Minuto Carlos Areia© Instagram_carlosareya  

Leia Também: Quando era pequenino: A pessoa que mais admirava "era o super-homem"

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