Afinal, a regra dos cinco segundos até faz sentido ou é um absurdo?
Saiba o que dizem os especialistas.
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Lifestyle Bactérias
Está a comer algo e deixa cair ao chão. Conta cinco segundos, apanha e volta a comer'. "Regra dos cinco segundos", pensa. Mas será esta 'regra' (dos três, cinco ou 10 segundos) um mito ou tem alguma evidência científica?
"Certamente, se deixa cair algo no chão, o alimento pode entrar em contacto com germes, e se comer esses germes eles podem deixá-lo doente", explica Don Schaffner, professor na Universidade Rutgers, em Nova Jérsia, nos Estados Unidos, ao The Huffington Post,.
Para comprovar esta 'regra', Schaffner realizou vários testes com diferentes alimentos que deixou cair propositadamente em superfícies contaminadas de aço inoxidável, azulejo, madeira e carpete, durante menos de um segundo, cinco segundos, 30 segundos e 300 segundos. Os resultados mostram que não importa a rapidez com que apanha os alimentos que caem no chão. A maioria das bactérias foi transferida para a melancia e que bastou um segundo para existir contaminação, o que deita por terra a teoria dos cinco segundos.
"Preocupam-me as bactérias e vírus patogénicos, como o norovírus, que podem causar doenças”, acrescenta Schaffner, garantindo que a 'regra' dos cinco segundos "não é verdadeira".
Já Paul Dawson, professor da Universidade Clemson, nos Estados Unidos, realizou um outro estudo para comprovar uma eventual ligação entre o tempo que a comida permanece numa superfície e a transferência de bactérias para o alimento. Foram usadas mortadela e pão e três superfícies contaminadas com salmonela (azulejo, madeira e carpete). O estudo demonstrou que o nível de contaminação da superfície e o tipo de chão eram as variáveis mais relevantes. Assim, Dawson concluiu igualmente que a regra dos cinco segundos é mito.
Mas, afinal, como começou este mito? “Há algumas citações históricas de Genghis Khan [ditador mongol] sobre comer comida do chão", aponta Dawson. Contudo, "diria que é apenas um daqueles mitos da sociedade que as pessoas continuaram a propagar".
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