Rastreabilidade reforça segurança das vacinas contra a Covid-19
É possível afirmar que o movimento de vacinação global foi – e continua a ser – bem-sucedido. Ao dia de hoje, mais de metade da população mundial está totalmente vacinada.
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Entre os vários fatores que podem explicar a grande adesão da população está a "segurança da cadeia de valor" de cada inoculação, garantida pela adoção de mecanismos de rastreabilidade pelas farmacêuticas e entidades de saúde.
"Desde o desenvolvimento à entrega, passando pela aceitação e administração, o fator segurança tornou-se uma pedra basilar para a distribuição e administração das vacinas por todo o mundo". As palavras são de Hanno Ronte, partner da Delloite UK, que explicou o papel da rastreabilidade neste processo, durante o Plenário de Saúde do Fórum Global da GS1, a reunião anual da plataforma de colaboração neutra e global que reúne representantes da indústria, entidades reguladoras, Governo, universidades e associações, com vista ao desenvolvimento de soluções assentes em standards que permitam dar resposta aos desafios da troca da informação.
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Entre as medidas que consolidaram a confiança geral da população na corrente da vacinação, Hanno Ronte lembra que "a regulamentação específica de produtos de saúde, de que as vacinas são exemplo, promovem ações colaborativas, garantindo simultaneamente sigilo e segurança em tempos de crise".
O responsável da Delloitte apelou ainda a que as organizações e entidades governativas adiram "aos standards globais e serialização" de produtos, dando como exemplo a simbologia Datamatrix, a simbologia de codificação bidimensional da GS1: "ao atingirmos uma utilização universal da tecnologia de DataMatrix, teremos uma mais rigorosa identificação e a garantia de rastreabilidade de produtos médicos de extrema importância", como as vacinas.
Durante o processo de vacinação, foram reportados 150 incidentes, em mais de 40 países, relacionados com a qualidade das doses a administrar. Contudo, e graças à rastreabilidade, foi possível identificar os lotes a que pertencia cada uma dessas vacinas e eliminá-los de imediato, lembrou o orador.
Olhando para o futuro, o representante da Delloite, citado em comunicado pela GS1 Portugal, vê no 'last mile' um dos maiores desafios para outras ações de escala global. Especificamente sobre a vacinação, Hanno Ronte lamenta que o acesso à saúde ainda não esteja totalmente democratizando, deixando por isso uma sugestão: "se aliarmos a otimização das entregas ‘last mile’ em zonas rurais ou em países em desenvolvimento à utilização eficaz dos recursos locais, juntamente com uma visão e linguagem únicas sobre a administração das vacinas, poderemos finalmente atingir a equidade da vacinação em todo o mundo".
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