Sem efeito. Estudo reitera ineficácia da hidroxicloroquina contra a Covid
O fármaco não demonstrou benefícios no tratamento de doentes com quadros ligeiros ou moderados da infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença da Covid-19.
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Lifestyle Covid-19
Um estudo amplo realizado no Brasil acerca da utilização de hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, feito através de uma parceria entre oito instituições de saúde, discerniu que o medicamento é ineficaz relativamente a evitar hospitalizações decorrentes da doença, reporta um artigo publicado pelo jornal Metrópoles.
Já em 2020, a hidroxicloroquina chegou a ser considerada por muitos países como um possível tratamento precoce contra a Covid-19. Sendo que o medicamento é, originalmente, indicado para artrite reumatoide, lúpus e malária.
Num artigo publicado na revista científica The Lancet Regional Health – Americas, cientistas afirmam que pacientes que foram tratados com o fármaco logo nos primeiros dias após a manifestação de sintomas apresentaram resultados similares aos do grupo controle, que haviam tomado placebo.
Anteriormente, várias pesquisas tinham ressaltado a ineficácia no tratamento de pacientes internados com casos graves de Covid-19.
"Toda a evidência que tem se acumulado a respeito da hidroxicloroquina para tratamento é consistente de que não há um efeito benéfico, seja para o paciente hospitalizado ou que está com a doença mas não precisa se hospitalizar. Não faz o menor sentido ficar tomando o medicamento já que não há benefícios", clarificou o médico Alexandre Biasi Cavalcanti, diretor do Instituto de Pesquisa do Hcor, em declarações ao jornal Metrópoles.
O novo estudo foi realizado entre 12 de maio de 2020 e 7 de julho de 2021 em 56 centros de pesquisa brasileiros. Na totalidade, participaram 1.372 pacientes com Covid-19 que sofriam pelo menos de uma outra comorbidade - tal como diabetes ou obesidade. Os indivíduos tomaram duas doses de 400 mg do medicamento no primeiro dia e uma dose diária de 400 mg durante sete dias.
Segundo os cientistas, não foi detetada uma diferença notória na incidência de hospitalizações entre o grupo medicado com a hidroxicloroquina e o que recebeu placebo nos 30 dias após o começo do estudo, respetivamente 6,4% e 8,3%. Conforme apontam os investigadores a percentagem, entretanto, não é vista como significativa para a recomendação de uso.
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