Encefalite. O que é e por que está a ser associada à Monkeypox
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Foram recentemente reportados os primeiros casos de encefalite em dois homens dos Estados Unidos infetados com Monkeypox nos Estados Unidos. Mas, afinal, de que se trata? É grave?
Quase sempre causada por uma infeção viral, a encefalite é uma irritação e inchaço (inflamação) do cérebro. "Trata-se de uma condição rara, mais comum no primeiro ano de vida, e cuja incidência diminui com a idade. No entanto, as formas mais graves ocorrem nos jovens e nos idosos", explica a rede de saúde CUF.
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Há casos em que os sintomas são precedidos por queixas de uma constipação ou gastrenterite. Porém, quando não é muito grave, os sintomas de encefalite são semelhantes aos de outras patologias e incluem febre não muito elevada, cefaleias moderadas, fadiga e perda de apetite. Pode ainda ocorrer confusão, desequilíbrio, desorientação, irritabilidade, sensibilidade à luz, rigidez da nuca e do pescoço, e vómitos.
"Deve-se encarar a encefalite como uma emergência quando ocorre perda de consciência, ausência de resposta a estímulos ou coma, fraqueza muscular ou paralisia, convulsões, cefaleias fortes e alteração súbita no estado mental (indiferença, perda de memória, perda de capacidade de julgamento)", alerta a CUF.
E há motivos para alarme? "Alguns casos resolvem-se rapidamente e sem sequelas. Contudo, a encefalite pode ser grave, causando problemas permanentes ou mesmo morte". Quando ocorre lesão cerebral, pode afetar a audição, a memória, o controlo muscular, a sensibilidade, a fala ou a visão.
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A fase aguda dura, geralmente, uma a duas semanas. Ainda assim, há pessoas que demoram meses a recuperar por completo.
Recorde-se que, tendo em conta a extensão do surto a mais de 70 países, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a varíola dos macacos uma emergência global. Apesar da falta de consenso entre os membros do comité de emergência, a decisão foi anunciada a 23 de julho pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O número de casos confirmados de infeção pelo vírus Monkeypox em Portugal subiu para 917, mais nove do que o total registado na última semana, revelou a Direção-Geral da Saúde (DGS), esta quinta-feira, 22 de setembro, na atualização semanal sobre a evolução da doença no país.
O que fazer se apresentar sintomas de Monkeypox:
A DGS recomenda que quem apresente lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, procure aconselhamento médico e evite o contacto próximo com os outros. É ainda recomendada a higienização das mãos com regularidade.
O vírus Monkeypox foi descoberto, pela primeira vez, em 1958 quando dois surtos de uma doença semelhante à varíola ocorreram em colónias de macacos mantidos para investigação, refere o portal do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês).
O primeiro caso humano de infeção foi registado em 1970 na República Democrática do Congo, durante um período de esforços redobrados para erradicar a varíola. Desde então, vários países da África Central e Ocidental reportaram casos.
Apesar de a doença não requerer uma terapêutica específica, a vacina contra a varíola, antivirais e a imunoglobulina vaccinia podem ser usados como prevenção e tratamento. O tempo de incubação é, geralmente, de sete a 14 dias, e a doença, endémica na África Ocidental e Central, dura, em média, duas a quatro semanas.
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