Jeferson Dias é o novo Chefe Cozinheiro do Ano
O chef do Palmares Ocean Living & Golf Resort venceu hoje a final da 34.ª edição do Chefe Cozinheiro do Ano, ao conquistar o júri com sabores algarvios.
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O chefe, de 29 anos, venceu a final do mais antigo concurso nacional de cozinha para profissionais em Portugal, realizada em Lamego, com uma ementa constituída por aveludado de cogumelos, açorda de bacalhau e berbigão, pregado em aromas de caldeirada, presa nos aromas do cozido e sobremesa de amêndoa, gila e mel.
"Trabalho no Algarve há seis anos. Tenho vindo a crescer muito como cozinheiro lá e achei que devia trazer estes sabores, com os quais me identifico", afirmou Jeferson Dias à agência Lusa.
Natural de Goioerê, Brasil, Jeferson Dias vive há 20 anos em Portugal. Formou-se em Portalegre, trabalhou em Lisboa antes de rumar ao Algarve e há muito que ambicionava participar no Chefe Cozinheiro do Ano (CCA).
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"O objetivo era fazer o melhor que eu pudesse, mas o prémio veio complementar. É um orgulho enorme pertencer à família do CCA", frisou.
Jeferson Dias é o terceiro chefe do Palmares Ocean Living & Golf a conseguir esta distinção, depois de Louis Anjos (CCA 2012) e Ricardo Luz (CCA 2019).
"Eles tiveram muita influência [na vitória] pelo apoio que me deram, pela ajuda a treinar, a pensar e a provar os pratos. Estiveram sempre comigo desde o início até agora", contou.
O primeiro prato que o chefe se lembra de ter cozinhado foi um bife com arroz branco, que aprendeu a fazer com a sua mãe.
O vencedor foi anunciado após cinco horas e meia de prova, em que Jeferson Dias concorreu contra António Freitas (Casa Velha, Quinta do Lago), António Queiroz Pinto (Restaurante de Tormes), Diogo Novais Pereira (Restaurante Porinhos), João Pereira (Hotel Villa Batalha) e Marco Coutada (Vale da Corga).
Os chefes António Freitas e Diogo Novais Pereira classificaram-se em segundo e terceiro lugares, respetivamente.
Marco Coutada venceu o Prémio Sustentabilidade (referente à correta aplicação de técnicas, metodologias e utilização de matéria-prima de forma sustentável) e João Pereira o Prémio Helmut Ziebell (relativo ao caráter inovador das técnicas apresentadas).
O presidente do júri, António Bóia, realçou que "a final teve por parte de todos os concorrentes um nível altíssimo, muito trabalho preparatório e nitidamente uma forte evolução face às etapas regionais". "Ouviram-nos, trabalharam e o nível subiu muito", afirmou.
Lamego acolheu a final do concurso depois de a chefe Ana Magalhães, do Six Senses Douro Valley, ter vencido a edição do ano passado.
O júri foi constituído por António Bóia (JNcQUOI e presidente de júri), António Loureiro (A Cozinha, uma estrela Michelin e CCA 2014), Paulo Pinto (ACPP), João Oliveira (Vista, uma estrela Michelin), Luís Gaspar (Sala de Corte e CCA 2017) e Ana Magalhães (jurada observadora).
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