O colesterol é produzido, em parte, pelo fígado, mas também pode ser obtido pela alimentação. Contudo, quando está em excesso, é um dos fatores de risco para a ocorrência de problemas cardiovasculares, como o enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral. Quer isto dizer que é uma 'corrida' contra o tempo.

Porém, chamam-lhe 'assassino silencioso' e não é por acaso. O colesterol alto raramente provoca sintomas. Mas, conforme a condição progride, vão surgindo alguns mais subtis que podem, inclusive, manifestar-se nos pés dos doentes.

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A acumulação da gordura do colesterol pode alojar-se na parede das artérias e resultar em doença arterial periférica. Neste caso, os doentes podem sentir dor, fadiga e dor nos pés ou nos dedos, até durante o repouso, devido à má circulação sanguínea provocada pelo excesso de gordura no sangue,  como afirma a cardiologista Érica Renata, da Clínica Cardiosenior, no Brasil, em declarações ao jornal Metrópoles. Refere ainda que a DAP também pode provocar dor nas pernas ao caminhar (claudicação).

Por sua vez, o cardiologista Paulo César Maciel, do Hospital do Coração do Brasil, aponta que a pele pode ficar mais escura ou azulada. Já as unhas podem ficar quebradiças. "É possível que ocorra perda de pelos nos pés, que se verifique um crescimento mais lento das unhas, alteração circulatória nas pernas e pés, além do desenvolvimento de feridas e úlceras nos pés que têm dificuldade em cicatrizar", diz.

O caso 'muda de figura' se, além destes sintomas, o doente sentir uma dor de cabeça ininterrupta, fadiga, dor nas pernas ou no peito. Érica Renata é perentória: deve consultar um cardiologista. Por outro lado, não deve automedicar-se.

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Recorde-se que existem dois tipos de colesterol: o HDL (lipoproteína de alta densidade)  e o LDL (lipoproteínas de densidade baixa). O primeiro, também conhecido como 'bom colesterol', é responsável pela eliminação de colesterol em excesso do sangue e do que se encontra depositado nas artérias, transportando de volta para o fígado, onde é eliminado. Já o LDL, o 'mau colesterol', transporta o colesterol do fígado para os tecidos onde este poderá ser utilizado. Quando está em excesso é um fator de risco relevante das doenças cardiovasculares.

Os valores recomendados para o colesterol no sangue são:

Colesterol total - < 190 mg/dl;
Colesterol LDL - <115mg/dl;
Colesterol HDL - >40 mg/dl no homem e >45 mg/dl na mulher

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