UE investe 88 milhões na América Central para reduzir dióxido de carbono
A União Europeia e outras organizações vão desembolsar mais de 88 milhões de euros para ajudar os países da América Central no combate à emissão de dióxido de carbono, através de energias renováveis e medidas de eficiência energética.
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Mundo Emissões
O programa de apoio foi acordado durante uma cerimónia, quarta-feira, na capital do Panamá, entre representantes da UE, do sistema de integração centro-americano (SICA), do Governo alemão e do ministério do Meio Ambiente do Panamá.
"Este programa representa um exemplo da parceria [da UE] com a região, para avançar na mitigação e adaptação às alterações climáticas" e será executado em duas fases, declarou o diretor-geral de Cooperação Internacional e Desenvolvimento, Stefano Manservisi.
A primeira iniciativa - "Mipymes Verdes II" - centra-se na redução das emissões de dióxido de carbono através de energias renováveis e na adoção de medidas de eficiência energética em micro, pequenas e médias empresas.
Por outro lado, o chamado "Fundo de Desenvolvimento Verde" destina-se ao investimento na restauração de paisagens e no desenvolvimento de ecossistemas integrados em áreas vulneráveis.
"Na última década, Honduras, Guatemala, El Salvador, Nicarágua e a República Dominicana encontravam-se entre os 15 [países] mais vulneráveis do mundo [às alterações climáticas], com mais de 8.200 pessoas vítimas das alterações causadas por desastres naturais", lembrou Manservisi.
Durante esse período, as alterações climáticas provocaram perdas no valor de 19 mil milhões de dólares na região, acrescentou.
Por sua vez, o embaixador da Alemanha no Panamá, Uwe Wolfgang Heye, considerou as alterações climáticas "um desafio global que transcende as fronteiras entre as nações e exige o máximo de esforços para encontrar alternativas sustentáveis".
"Estamos cientes de que os países da América Central e do Caribe, apesar de contribuírem de forma insignificante para o efeito estufa, são os países mais afetados pelas consequências desastrosas das alterações climáticas", concluiu.
O SICA, constituído em 1991, é composto por Costa Rica, Panamá, Nicarágua, El Salvador, Honduras, Guatemala, República Dominicana e Belize, e conta também com 27 países observadores regionais e extra-regionais.
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