Parlamento condena situação dos presos políticos na Venezuela
A Assembleia da República aprovou hoje um voto de "preocupação e condenação" do CDS-PP pela situação dos presos políticos na Venezuela, que contou com os votos contra do PCP e abstenções do BE e Verdes.
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Mundo Apelo
O texto do CDS-PP expressa "preocupação pela situação dos presos políticos no estabelecimento prisional de Caracas", condena "as formas de repressão exercida pelas forças e serviços de segurança venezuelanos" e apela à libertação imediata de todos os presos políticos na Venezuela.
No texto, os democratas-cristãos invocam relatórios de organizações não governamentais e cívicas, bem como alguns "vídeos e imagens divulgadas nas redes sociais", para apontarem as "circunstâncias cruéis e desumanas em que se encontram muitos dos presos políticos na Venezuela, alguns deles com ordem de libertação não executada pelas autoridades".
"Apesar da libertação de mais de 50 presos políticos no período imediatamente a seguir às eleições presidenciais, cujos resultados não foram reconhecidos pela União Europeia, permanecem encarcerados por motivos políticos mais de 200 venezuelanos, um facto que não deixa de chocar a opinião pública internacional", critica o CDS-PP.
Em 13 de junho, as autoridades venezuelanas libertaram um grupo de 43 pessoas que a oposição diz serem presos políticos do regime.
Segundo a imprensa venezuelana desde 01 de junho foram libertados mais de 200 presos políticos.
Os opositores libertados devem agora cumprir medidas cautelares que incluem a proibição de saída do país. Muitos deles foram proibidos de falar com a imprensa.
Em 24 de maio, durante o juramento como Presidente reeleito, Nicolás Maduro anunciou que libertaria os presos políticos que não tivessem cometidos delitos graves durante os violentos protestos ocorridos entre 2014 e 2017, para a pacificação e reconciliação entre os venezuelanos.
Segundo a ONG Fórum Penal existem atualmente mais de 350 presos políticos na Venezuela, um número rotativo, porque enquanto alguns opositores são libertados em cerimónias públicas são ordenadas novas detenções.
A oposição tem insistido que não se deve confundir liberdade com regimes condicionais e alternativos de prisão.
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