WikiLeaks diz que comissão do Senado dos EUA quer ouvir Assange
O portal WikiLeaks divulgou hoje que a comissão dos Serviços de Informações do Senado norte-americano quer ouvir o seu fundador Julian Assange, no âmbito da investigação sobre a ingerência russa nas eleições presidenciais de 2016.
© Reuters
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Washington, 08 ago (Lusa) -- O portal WikiLeaks divulgou hoje que a comissão dos Serviços de Informações do Senado norte-americano quer ouvir o seu fundador Julian Assange, no âmbito da investigação sobre a ingerência russa nas eleições presidenciais de 2016.
Numa mensagem publicada na rede social Twitter, o portal referiu que a comissão da câmara alta do Congresso dos Estados Unidos enviou uma carta a Julian Assange, que está refugiado desde junho de 2012 na embaixada do Equador em Londres, a propor uma "audição à porta fechada" com os membros da comissão "em horário e em local mutuamente acordados".
O portal informou que a sua equipa de advogados está "a considerar a proposta, mas que as condições devem estar em conformidade com um alto padrão ético".
A comissão dos Serviços de Informações do Senado escusou-se a comentar o assunto, segundo escreveu a agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP).
Julian Assange é um dos muitos nomes referenciados nas várias investigações relacionadas com a ingerência da Rússia nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016 (marcadas pela eleição do atual Presidente norte-americano, Donald Trump), pelo facto de o portal WikiLeaks ter divulgado vários milhares de correios eletrónicos pirateados da campanha presidencial da ex-secretária de Estado democrata Hillary Clinton.
A divulgação destas mensagens de correio eletrónico ocorreu nas vésperas da convenção nacional dos democratas em Filadélfia em julho de 2016, reunião que confirmaria Hillary Clinton como a candidata presidencial do Partido Democrata.
Na sequência da investigação federal sobre a ingerência russa conduzida pelo procurador especial Robert Mueller, o Departamento de Justiça norte-americano acusou formalmente, em julho passado, 12 agentes dos serviços secretos russos de terem lançado ataques informáticos contra vários órgãos do Partido Democrata para roubar e divulgar documentos.
O fundador do WikiLeaks ficou mundialmente conhecido por ter divulgado no portal milhares de documentos confidenciais dos Estados Unidos, nomeadamente da diplomacia norte-americana, em 2011.
Por causa desta divulgação, Assange pode ser processado pela justiça norte-americana.
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