Sobe para 38 o número de mortos na queda de ponte em Itália
Registam-se ainda 16 feridos, 12 dos quais em estado grave. O governo italiano quer revogar a concessão da infraestrutura que incluía a ponte Morandi da Autostrade per l’Italia e quer multar em 150 milhões de euros o grupo que detém esta empresa.
© Reuters
Mundo Génova
O número de vítimas mortais provocado pela queda da ponte Morandi em Génova, Itália, continua a subir. O balanço ainda é provisório mas dá conta de 38 mortos. Há ainda 16 feridos a registar, 12 dos quais em estado grave, adianta a Câmara Municipal de Génova. As informações anteriores referiam 35 mortos.
As autoridades italianas continuam a procurar nos escombros por sobreviventes desta terrível tragédia. As operações concentram-se em três áreas distintas. Uma do lado esquerdo do rio; outra que fica mais próxima do centro da cidade, e onde estão vários carros esmagados e veículos pesados; a parte do lado direito do rio é a que está a centrar nesta altura mais esforços dos bombeiros e da proteção civil.
Ao mesmo tempo que decorrem estes trabalhos, o governo italiano está a virar agulhas na direção da empresa Autostrade per l’Italia, que detinha a concessão da ponte. Duas das figuras mais importantes do executivo italiano, o vice-presidente, Luigi Di Maio, e o ministro do Interior, Matteo Salvini, já anunciaram a sua intenção de revogar o contrato de concessão da autoestrada que incluía a ponte Morandi à Autostrade per l’Italia.
Já o ministro dos Transportes, Danilo Toninelli, pediu esta quarta-feira a demissão da administração da empresa e visou ainda o grupo Atlantia, do qual faz a Autostrade per l’Italia. Numa publicação no seu Facebook, o ministro afirmou que “quem tem culpa por esta tragédia injustificável tem de ser punido”.
“Às empresas que gerem as nossas autoestradas nas quais desembolsamos as portagens mais caras da Europa, enquanto que elas pagam pelas concessões preços vergonhosos. Descontam milhares de milhões, derramando poucos milhões em impostos e nem fazem a manutenção necessária às pontes e às estradas”, escreveu Toninelli.
“Mandatei o meu ministério para iniciar os procedimentos necessários para a revogação da concessão a esta empresa e para impor multas que podem chegar aos 150 milhões de euros”, acrescentou o ministro.
A ponte Morandi foi inaugurada em 1967, foi alvo de diversas intervenções ao longo dos anos, tendo a última acontecido recentemente. Mas o ministro dos Transportes considera que houve uma falha no trabalho de manutenção. Em 2016, um perito já tinha referido que a ponte era um “fracasso da engenharia” e que era necessário substituir a infraestrutura.
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