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Palestinianos condenam fusão de representações diplomáticas dos EUA

Os palestinianos condenaram hoje a decisão de Washington de fundir as representações diplomáticas dos Estados Unidos (EUA) em Jerusalém, em Israel, classificando a medida como "ideológica".

Palestinianos condenam fusão de representações diplomáticas dos EUA
Notícias ao Minuto

17:33 - 18/10/18 por Lusa

Mundo Jerusalém

O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, anunciou hoje que os Estados Unidos vão juntar o consulado geral que constitui a sua representação diplomática junto dos palestinianos à embaixada norte-americana em Israel, recentemente transferida de Telavive para Jerusalém.

Em reação ao anúncio, o "número dois" da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, disse que esta decisão é comparável a um encerramento da representação direta e específica de Washington juntos dos palestinianos.

O secretário-geral da OLP acrescentou que, após um conjunto de várias manobras camufladas impostas no passado contra os palestinianos, "os Estados Unidos não podem exercer qualquer papel nos esforços de paz" com Israel.

Num comunicado divulgado hoje à tarde, o secretário de Estado norte-americano indicou que após a transferência da embaixada norte-americana em Israel para Jerusalém, cuja abertura ocorreu a 14 de maio, Washington pretende aumentar a sua "eficácia" com a fusão dos serviços das representações diplomáticas, criando uma "nova unidade para os Assuntos Palestinianos na embaixada".

A decisão insere-se num contexto de degradação contínua das relações entre o governo de Donald Trump e os palestinianos, depois da decisão muito controversa do Presidente norte-americano de mudar a embaixada em Israel de Telavive para Jerusalém.

Esta decisão "não é um sinal de uma mudança da política norte-americana em relação a Jerusalém, a Cisjordânia ou a Faixa de Gaza", sublinhou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos.

Pompeo afirmou que os Estados Unidos continuam a "não tomar posição sobre as questões do estatuto final (de Jerusalém), incluindo as fronteiras".

"As fronteiras específicas da soberania israelita sobre Jerusalém são objeto de negociações sobre o estatuto final entre as partes" israelitas e palestinianas, adiantou o secretário de Estado.

Os palestinianos reclamam a parte oriental de Jerusalém, ocupada em 1967 pelos israelitas e posteriormente anexada, como a capital de um futuro Estado da Palestina.

A comunidade internacional não reconhece a anexação de Jerusalém Oriental por Israel.

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