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Rei sublinha papel da Constituição como marco da "liberdade e democracia"

O rei de Espanha, Felipe VI, afirmou hoje, em Oviedo, que os espanhóis podem sentir-se "profundamente orgulhosos" da Constituição de 1978, como marco da "democracia e liberdade", e via para "recuperar a soberania nacional".

Rei sublinha papel da Constituição como marco da "liberdade e democracia"
Notícias ao Minuto

22:00 - 19/10/18 por Lusa

Mundo Felipe VI

Felipe VI falava na cerimónia de entrega dos Prémios Princesa das Astúrias, celebrada no Teatro Campoamor, em Oviedo, quando se avizinham os 40 anos da criação da Carta Magna espanhola.

O monarca não fez nenhuma menção direta à Catalunha, nem ao desafio independentista, centrando o seu discurso em defender o texto em que assentou o sistema democrático em Espanha, depois de ter elogiado os méritos dos galardoados.

"Uma Constituição fruto da concórdia entre os espanhóis, unidos por um profundo desejo de reconciliação e de paz, unidos por uma firme vontade de viver em democracia", declarou.

Sublinhou ainda que a Carta Magna "recuperou para o povo espanhol a soberania nacional, e devolveu aos espanhóis a sua liberdade e condição de cidadãos", ao mesmo tempo que "reconheceu a diversidade das suas origens, culturas, línguas e territórios".

"É um grande exemplo de que os espanhóis podem sentir-se profundamente orgulhosos. É uma lição de convivência que dignifica a política e engrandece a nossa História. É a melhor amostra de generosidade, maturidade e responsabilidade de todo um povo que ganhou a democracia e a liberdade", vincou.

O chefe de Estado elogiou os premiados e apontou que, "apesar de serem originários de países distintos, partilham uma mesma pátria, que é o conhecimento, a cultura, a ciência e a solidariedade".

Além do realizador norte-americano Martin Scorsese (Artes), foram distinguidos a escritora francesa Fred Vargas (Letras), o filósofo norte-americano Michael J. Sandel (Ciências Sociais), a jornalista de investigação Alma Guillermoprieto (Comunicação e Humanidades) e a oceanógrafa Sylvia A. Earle (Concórdia).

Completam o grupo de galardoados deste ano a ONG Amref Health África (Cooperação Internacional), os alpinistas Reinhold Messner e Krzysztof Wielicki (Desportos), e o biólogo sueco Svante Pääbo (Investigação Científica e Técnica).

A cerimónia ficou ainda marcada por um protesto de cerca de 400 pessoas que se concentraram na Praça da Escandalera contra os Prémios Princesa das Astúrias e a monarquia, tendo vaiado as autoridades, os premiados e outros convidados.

Exibiram cartazes contra a monarquia e bandeiras independentistas asturianas, ao mesmo tempo que entoaram cânticos contra a família real, a monarquia e os premiados.

Frente a esta manifestação juntou-se outro grupo em defesa da monarquia, exibindo a bandeira de Espanha, e cartazes com os dizeres "Espanha não se rende" e "Pela unidade de Espanha".

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