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De Paris a Estrasburgo, terror voltou a fazer vítimas em França

França voltou a ser alvo de um ataque, com um homem armado a fazer vítimas num mercado de Natal em Estrasburgo.

De Paris a Estrasburgo, terror voltou a fazer vítimas em França
Notícias ao Minuto

07:30 - 12/12/18 por Notícias Ao Minuto com Lusa

Mundo Cronologia

Pelo menos quatro pessoas morreram e várias ficaram feridas na terça-feira num tiroteio no centro de Estrasburgo, perto da zona onde decorre o Mercado de Natal daquela cidade francesa, com as autoridades a investigarem o incidente como homicídio relacionado com organização terrorista.

"Pelas 20:00 [19:00 em Lisboa], um homem armado entrou no perímetro do Mercado de Natal pela ponte de Corbeau e dirigiu-se para a rua de Orfèvres. O homem abriu fogo", referiu a prefeitura num comunicado, no qual pedia à população que permanecesse em casa.

O Ministério Público francês abriu uma investigação por homicídio e tentativa de homicídio relacionada com uma organização terrorista, assim como por associação terrorista.

Estrasburgo tornou-se assim a mais recente cidade francesa a ser palco de um ataque. 

As autoridades francesas têm conseguido antecipar várias potenciais ameaças ao longo dos últimos anos. Mas o cadastro do terror em França tem feito várias vítimas nos últimos anos. Recorde a cronologia da violência terrorista em França.

2018

Em 12 de maio, um cidadão francês, nascido na Chechénia, atacou à facada transeuntes na zona da Ópera de Paris, no centro da capital francesa, gritando "Allah Akbar". Antes de ser abatido pela polícia, o homem matou uma pessoa e feriu outras quatro. O ataque foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Um francês de origem marroquina roubou, em 23 março, um automóvel em Carcassonne, no sul do país, tendo baleado o passageiro e o condutor do veículo, matando o primeiro e ferindo gravemente o segundo, um cidadão português. Depois disso, atirou contra quatro polícias, ferindo um deles.

Já na cidade de Trebés, o mesmo homem entra num supermercado gritando "Allah Akbar" e afirmando ser um "soldado" do EI. Ali, matou um dos funcionários do supermercado e um cliente. O homem matou ainda um tenente-coronel e feriu dois elementos da força especial de intervenção francesa, ligada à polícia nacional. O ataque foi reivindicado pelo EI.

2017

No dia 01 de outubro, um tunisino de 29 anos esfaqueou mortalmente duas jovens junto à principal estação ferroviária de Marselha, no sul do país, antes de ser abatido. O atentado foi reivindicado pelo EI.

Em 20 de abril, em Paris, um polícia morreu e dois ficaram feridos num tiroteio ocorrido ao início da noite nos Campos Elísios. O atacante foi abatido e o ataque foi reivindicado pelo EI.

2016

Dois homens atacaram no dia 26 de julho a igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, na Normandia. Um padre, que estava entre os reféns, foi degolado pelos sequestradores, que foram posteriormente abatidos por uma unidade de intervenção policial. O ataque foi reivindicado pelo EI.

No dia 14 de julho, um tunisino de 31 anos, ao volante de um camião, atingiu uma multidão em Nice, no sul de França, na Promenade des Anglais, quando decorria um espetáculo de fogo de artifício para celebrar o dia de França. Nesse ataque, reivindicado pelo EI, morreram 86 pessoas e mais de 400 ficaram feridas. O atacante foi morto pela polícia.

Um homem matou à facada, em 13 de junho, um agente à paisana, antes de se entrincheirar na residência da vítima em Magnanville (oeste de Paris) e de ser abatido pelas autoridades. Na casa, foi descoberto o corpo da mulher do agente, de 36 anos, degolada. A polícia encontrou também o filho do casal, de três anos e meio, "em estado de choque", mas ileso.

2015

No dia 13 de novembro, a França foi atingida pelos piores atentados da sua história. Nove 'jihadistas' mataram 130 pessoas e feriram mais de 350, em Paris, na sala de concertos Bataclan (90 mortos), nas esplanadas de vários bares e restaurantes (39 mortos) e perto do Estádio de França (um morto). O EI reivindicou os ataques.

Um homem decapitou em 25 de junho o seu patrão na fábrica de embalagens onde trabalhava há vários meses e, posteriormente, tentou fazer explodir uma fábrica de material químico na localidade de Saint-Quentin-Fallavier, a poucos quilómetros de Lyon, terceira cidade de França.

No dia 19 de abril, um estudante argelino foi detido em Paris, suspeito de ter assassinado uma mulher e de planear um ataque contra uma igreja em Villejuif, nos subúrbios de Paris. Na posse de armas de guerra, o suspeito estava identificado pelas autoridades como um islamista radical.

Dois irmãos mataram a tiro 12 pessoas no dia 07 de janeiro na redação do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris. Depois de dois dias em fuga, os atacantes foram abatidos pelas autoridades.

No dia 08 de janeiro, um homem matou um polícia em Montrouge, a sul de Paris. No dia seguinte, o mesmo homem faz reféns funcionários e clientes de um supermercado e quatro deles, todos judeus, sendo depois abatido pela polícia.

2012

No mês de março, em dias diferentes, um homem matou a tiro três soldados em Toulouse e Montauban (no sul de França) e três crianças e um professor num colégio judeu em Toulouse. Dias depois dos ataques foi abatido pela polícia, após ter estado barricado 32 horas no apartamento onde vivia.

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