Associação registou 767 "presos políticos" na Nicarágua
O Comité Pró-Libertação de Presos Políticos da Nicarágua indicou hoje que 767 pessoas estão detidas no país por protestarem contra o Presidente Daniel Ortega no âmbito da crise sociopolítica, que causou centenas de mortos desde abril de 2018.
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Mundo Comité
Essas 767 pessoas foram identificadas como "presos políticos" ou desaparecidos através de redes sociais ou de queixas de familiares e amigos a organismos de direitos humanos nacionais, segundo o comité, que divulgou uma lista com os seus nomes.
Daquele total, pelo menos 110 foram condenados por juízes da Nicarágua, adiantou.
O Comité registava até dezembro 674 "presos políticos".
O Governo da Nicarágua diz que 340 pessoas estão detidas pela sua participação na "tentativa de golpe de Estado", como o executivo denomina os protestos de rua que começaram em abril do ano passado, qualificando-as de "terroristas", "golpistas" e "delinquentes comuns".
Segundo organizações humanitárias, a crise sociopolítica na Nicarágua já causou entre 325 e 561 mortos, centenas de desaparecidos, milhares de feridos e obrigou dezenas de milhares ao exílio.
Ortega, há 12 anos no poder, reconhece 199 mortos, embora o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos tenham responsabilizado o governo por "mais de 300 mortos", assim como por execuções extrajudiciais, tortura e outros abusos contra os manifestantes e os opositores.
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