"Só queria ter aqui a minha família", diz sobrevivente do Brumadinho
Uma semana após o rebentamento da barragem do Brumadinho, no Brasil, ainda há mais de 200 pessoas desaparecidas.
© Reuters
Mundo Testemunhos
Paloma Prates da Cunha é uma das sobreviventes da tragédia que, há pouco mais de uma semana, atingiu em cheio a localidade de Brumadinho, no Brasil.
O rebentamento da barragem tirou a vida a, pelo menos, 121 pessoas e, por esta altura, ainda existem 226 desaparecidos.
Paloma foi arrastada pela avalanche de lama e resíduos minerais, mas conseguiu salvar-se com a ajuda de um funcionário da empresa mineira Vale. No entanto, a mesma sorte não terão tido a irmã, o filho bebé e o marido.
“A única coisa que eu queria era ter a minha família ao meu lado”, disse Paloma ao portal G1 da Globo, revelando que o marido já foi encontrado sem vida, mas que o filho de um ano e meio e a irmã, de 13 anos, ainda estão desaparecidos.
Desesperada, Paloma faz um apelo a todos: “Se alguém souber do meu filho ou da minha irmã entre em contacto connosco”.
Paloma recupera dos ferimentos em causa dos tios© Carlos Amaral/G1 Minas
Atualmente, a jovem de 22 anos vive com os tios em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, enquanto recupera dos ferimentos: nariz e esterno partidos, cortes, escoriações e hematomas.
Quando a tragédia ocorreu, Paloma estava em casa com o marido, o filho e a irmã. “Quando ouvi o barulho já não tinha tempo para fazer nada”, lamenta a jovem que recorda que se agarrou a uma tábua de madeira enquanto era arrastada pelo torrente de lama e detritos até que ouviu uma voz que lhe pediu para ter calma, para respirar e para se agarrar a uma corda.
Era Claudiney Coutinho, funcionário da Vale que trabalhava no local e que conseguiu retirar Paloma da lama.
“Quero muito encontrá-lo. Nem sei o que lhe vou dizer, só no momento em que o vir é que vou conseguir expressar-me”, disse a jovem.
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