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Rivais do atual Presidente indonésio têm fortuna de mais de 441 milhões

Prabowo Subianto e Sandiaga Uno, candidatos a Presidente e vice-presidente da Indonésia, acumulam entre si uma fortuna de mais de 441 milhões de euros, segundo dados da Comissão Geral de Eleições (KPU).

Rivais do atual Presidente indonésio têm fortuna de mais de 441 milhões
Notícias ao Minuto

06:24 - 13/04/19 por Lusa

Mundo Comissões

Valores muito mais elevados que o atual chefe de Estado, Joko Widodo, que está a recandidatar-se ao cargo nas eleições de 17 de abril, e que os do seu número dois, Ma'ruf Amin.

Dados divulgados esta semana pela Comissão Geral de Eleições (KPU, na sigla indonésia) mostram a grande disparidade na riqueza total das duas duplas candidatas à Presidência da República.

Arief Budiman, responsável da KPU, anunciou na sexta-feira ao público os valores da riqueza dos dois candidatos a Presidente, Joko Widodo e Prabowo Subianto, e dos candidatos a vice-presidente, Ma'ruf Amin e Sandiaga Uno.

Os dados são referentes a agosto do ano passado e abrangem toda a riqueza declarada dos seus titulares, sendo que a sua divulgação cumpre critérios exigidos aos candidatos eleitorais na Indonésia.

Jokowi, como o atual Presidente é conhecido, acumulava em agosto do ano passado uma fortuna de 50,25 mil milhões de rupias (cerca de 3,15 milhões de euros).

O seu número dois, Ma'ruf Amin, por seu lado, tinha uma riqueza de 11,65 mil milhões de rupias (cerca de 729 mil euros).

Significativamente maior é a riqueza de Prabowo Subianto -- ex-general e ex-genro do ditador Suharto - que ultrapassava os 1,95 biliões de rupias (mais de 122 milhões de euros).

O mais rico dos quatro é Santiaga - atual vice-governador de Jacarta que, antes de entrar no mundo político, era um empresário de destacado perfil -- e que acumulava mais de cinco biliões de rupias ou 319,4 milhões de euros.

Os números do complexo ato eleitoral na terceira maior democracia do mundo mostram a dimensão logística do processo de 17 de abril, em que são eleitos vários níveis de governação.

Uma 'festa da democracia' em que votar não é obrigatório, mas que decorre num feriado nacional para incentivar a máxima participação dos eleitores.

O país realiza a maior eleição presidencial direta do planeta, mas também eleições legislativas, regionais, distritais e até locais.

Além do Presidente e vice-Presidente, os eleitores escolhem os 711 membros das duas câmaras da Assembleia Consultiva Popular (MPR), 575 no Conselho Representativo Popular (DPR) e 136 no Conselho Representativo Regional (DPD).

Em jogo estarão ainda mais de 19.500 lugares em mais de 2.000 distritos eleitorais legislativos a nível regional, municipal e local. Há 16 partidos concorrentes, quatro estreantes.

Dados da Comissão Nacional de Eleições (KPU) notam que os 192,8 milhões de eleitores escolhem entre mais de 245 mil candidatos a 20.528 lugares no parlamento nacional, em estruturas legislativas nas 34 províncias e em mais de 500 distritos e municipalidades.

Há 80 milhões de 'milenials' entre os eleitores e cerca de 40% têm menos de 35 anos, muitos dos quais a terem no Facebook e Twitter e em plataformas como o Whatsapp a sua principal fonte de informação política.

De fora ficam os 420 mil militares e 443 mil polícias que estão proibidos de votar, como forma de garantir a sua neutralidade e tendo em conta o papel das forças de segurança durante o regime de Suharto.

As urnas abrem entre as 07:00 e as 13:00 e os votos são contados, em público, por funcionários eleitorais que mostram, boletim a boletim, a fiscais dos partidos e das candidaturas, observadores e ao público em geral.

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