Três acusados pelo homicídio de jornalista maltesa vão a julgamento
Vincent Muscat e os irmãos Alfred e George Degiorgio foram detidos em dezembro de 2017, cerca de dois meses após a morte.
© Reuters
Mundo Malta
Três homens foram acusados formalmente pelo homicídio da jornalista de investigação maltesa Daphne Caruana Galizia, morta num ataque à bomba em frente à sua casa. Os irmãos Alfred e George Degiorgio, bem com Vincent Muscat, já tinham sido detidos em dezembro de 2017, dois meses após a morte de Daphne e irão agora ser presentes a julgamento.
Segundo a Sky News os detetives reforçam, no entanto, que as investigações continuam pois não creem que os homens sejam os cérebros por detrás do ataque.
As acusações emitidas pelos procuradores malteses surgem apenas dias antes do prazo que requer que os suspeitos sob custódia policial sejam presentes a tribunal no prazo de 20 meses ou que lhes seja garantida fiança. O procurador-geral tem agora mais 20 meses para marcar a data do julgamento.
Daphne Carruana Galizia foi responsável por várias exposições de casos de corrupção que envolviam figuras em altos cargos governamentais. Depois do homicídio, Malta pediu ajuda a especialistas americanos e holandeses para ajudar com as investigações.
As provas apresentadas pelos procuradores encarregues do caso em tribunal ao longo dos últimos dois anos sugere que a jornalista de 53 anos foi morta por uma bomba colocada no seu carro e ativada remotamente por telemóvel.
O procurador-geral Peter Grech emitiu uma acusação onde Muscat é descrito como o observador que viu a jornalista sair de casa e que os irmãos Degiorgio detonaram a bomba com recurso a um telemóvel a partir de um iate no porto de Valleta.
Na semana passada, o primeiro-ministro Joseph Muscat, por recomendação do Conselho da Europa, ordenou uma investigação independente para avaliar se o ataque de 16 de outubro poderia ter sido prevenido. No entanto, os filhos da jornalista continuam a exigir a demissão do primeiro-ministro acusando-o de estar rodeado de criminosos e de criar uma cultura de impunidade, fazendo do pequeno estado mediterrâneo uma "ilha de máfia".
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