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Conferência de Segurança de Munique procura novo rumo do Ocidente

A Conferência de Segurança de Munique (MSC), a reunião diplomática e de defesa que começa esta sexta-feira e conta com representantes de mais de 40 países, debate nesta edição o rumo do Ocidente e a falta dele.

Conferência de Segurança de Munique procura novo rumo do Ocidente
Notícias ao Minuto

09:24 - 12/02/20 por Lusa

Mundo Munique

"O mundo está a tornar-se menos ocidental? O próprio Ocidente está a tornar-se menos ocidental?", são duas das perguntas colocadas pelo relatório de segurança de Munique 2020, que dá o mote para as discussões que começam na sexta-feira, na capital do Estado da Baviera, e se prolongam até domingo.

São esperados cerca de 35 chefes de Estado ou de governo, além de mais de uma centena de ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros. De acordo com a página oficial da conferência, Emmanuel Macron, Presidente da França, e Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, vão participar pela primeira vez nesta iniciativa.

Frank-Walter Steinmeier, Presidente da Alemanha, vai abrir a conferência que conta, nesta 56ª edição, com uma delegação norte-americana "ainda maior que a do ano passado", com o secretário de Estado Mike Pompeo, o secretário da Defesa, Mark Esper, o secretário da Energia Dan Brouillette e a presidente da Câmara dos Representantes Nancy Pelosi.

Também os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia e do Irão, Serguei Lavrov e Mohammad Javad Zarif, respetivamente, são aguardados em Munique. Quem deverá estar ausente este ano é a chanceler alemã, Angela Merkel.

Jens Stoltenberg, o secretário-geral da NATO, vai representar a Aliança Transatlântica e, no contexto do coronavírus Covid-19, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus também marcará presença.

Para pontuar o papel "crucial" da tecnologia nos assuntos internacionais, vários líderes de negócios e empresas são esperados, como o fundador e administrador da rede social Facebook, Mark Zuckerberg.

"Nos últimos anos, o Ocidente, como o conhecemos, tornou-se contestado tanto de dentro, como de fora. Uma compreensão comum do que significa fazer parte do Ocidente está a desaparecer", revela o relatório, chamando a este fenómeno "Desocidentalização" (Westlessness).

De acordo com Wolfgang Ischinger, presidente da organização da Conferência de Segurança de Munique, esta "falta de Ocidente" é um sentimento generalizado de inquietação diante da crescente incerteza sobre os objetivos do ocidente, que implicam desafios de segurança.

A MSC 2020 procurará respostas e soluções para esta questão "fundamental", examinando o projeto europeu, a cooperação para a defesa e a ordem internacional liberal no seu conjunto.

"Mas longe do olhar ocidental do umbigo, os decisores e especialistas de todo o mundo discutirão os pontos quentes, da Líbia ao Golfo Pérsico, chegando ao leste da Ásia. Os desafios globais prementes serão um ponto fulcral, sobretudo os efeitos das alterações climáticas, mas também as intersecções do comércio e do progresso tecnológico com a segurança internacional", destaca a organização.

Desde 1963, a Conferência de Segurança de Munique recebeu dezenas de chefes de Estado para debater a política de segurança internacional.

A edição de 2020 será realizada entre os dias 14 e 16 de fevereiro em Munique e terá como foco, em particular, o contexto das fortes tensões no Médio Oriente.

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